Esta semana chamou a atenção - e este blog dá os parabéns à sua equipe de editorialistas - da imprensa editorial da Revista Veja, falando a respeito da prisão de Eliana Tranchesi. É certo que a empresária tem algumas pendências com a Receita Federal, porém, quantos políticos também não tem suas pendências com o governo? Talvez alguns devam ainda mais que a empresária paulista...
O interessante é ver que os brasileiros pagam bilhões de reais em impostos para o governo apenas fingir que nos devolve uma parte dele. Tem senador pagando salário de empregada doméstica pelo governo (a empregada nem deve saber que recebe o dinheiro, eu acho), paga mulher e filho, lotados em outro gabinete para frustrar a súmula vinculante do STF, que fala sobre nepotismo, recebe outros gordos recursos para pagar carros, à disposição dos "marajás" do congresso... Enfim, fazendo toda sorte de crime do colarinho branco que, não fosse a imprensa, não saberíamos nunca, talvez.
Precisamos é de um diretor de polícia que seja corajoso e isento, que saiba que os limites da investigação não devem ser apenas o do dinheiro privado, que não chega às mãos do governo, mas também o público, que se esvai pelo ralo da corrupção ativa e passiva, tanto no congresso quanto no Alvorada e na esplanada dos ministérios. Nas autarquias, onde correm soltas as negociatas. Nas secretarias, onde as conversas incluem nomes do alto escalão do governo...
Eu creio que, nesse caso, haveria de se criar uma lei que excluísse do controle do governo a PF, ligando-a ao STF, por exemplo. Uma lei tão forte que resistisse a governos e revoluções, caso elas acontecessem (ao meu ver, elas não tardam).
Como bem assinalou o editor de Veja, se a PF dispensasse o mesmo remédio que dispensa ao privado para o poder público, talvez tivessemos menos corrupção e o remédio para essa crise que nos assola não fosse tão amargo quanto o é. Talvez fossemos mais ricos. E mais felizes.
O interessante é ver que os brasileiros pagam bilhões de reais em impostos para o governo apenas fingir que nos devolve uma parte dele. Tem senador pagando salário de empregada doméstica pelo governo (a empregada nem deve saber que recebe o dinheiro, eu acho), paga mulher e filho, lotados em outro gabinete para frustrar a súmula vinculante do STF, que fala sobre nepotismo, recebe outros gordos recursos para pagar carros, à disposição dos "marajás" do congresso... Enfim, fazendo toda sorte de crime do colarinho branco que, não fosse a imprensa, não saberíamos nunca, talvez.
Precisamos é de um diretor de polícia que seja corajoso e isento, que saiba que os limites da investigação não devem ser apenas o do dinheiro privado, que não chega às mãos do governo, mas também o público, que se esvai pelo ralo da corrupção ativa e passiva, tanto no congresso quanto no Alvorada e na esplanada dos ministérios. Nas autarquias, onde correm soltas as negociatas. Nas secretarias, onde as conversas incluem nomes do alto escalão do governo...
Eu creio que, nesse caso, haveria de se criar uma lei que excluísse do controle do governo a PF, ligando-a ao STF, por exemplo. Uma lei tão forte que resistisse a governos e revoluções, caso elas acontecessem (ao meu ver, elas não tardam).
Como bem assinalou o editor de Veja, se a PF dispensasse o mesmo remédio que dispensa ao privado para o poder público, talvez tivessemos menos corrupção e o remédio para essa crise que nos assola não fosse tão amargo quanto o é. Talvez fossemos mais ricos. E mais felizes.
Um comentário:
Caro Bruno Filósofo.
Penso que um crime não justifica o outro. Mas acredito que a justiça deveria agir com mais lisura e mãos de ferro. Porque não punir todos aqueles que vimos, pela TV, com dólares na cueca ou com as malas cheias de dinheiro? Ou ainda investigar os Kits escolares, a falta de carteira nas escolas, trazendo para dentro da cidade os alunos-jacarés? Ou ainda o escândalo do Hangar no estado do Pará, entre tantos outros que nos enojam? Esse é o ponto.
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