sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O Apocalipse

O fim dos tempos pode estar longe. Mas nunca estivemos
tão próximos de acabar um grande erro que cometemos
a cada 4 anos. E agora pode ser em definitivo!




Olá, diletos leitores. Faz tempo não vos escrevo, não? Prometi, tempos atrás, que escreveria sobre a divisão do Estado, questão sobre a qual ouvi sólidas explicações a favor, porém a única coisa que me move apresentar proposta contra a cisão é a corrupção. Não adianta: Vão falar que tudo se desenvolveria, mas tenho certeza de que, em 50 anos, ainda dependerão de nós. ainda escreverei sobre esse assunto, explicitando os motivos a favor e contra, com uma brilhante proposta, em princípio, do ex-prefeito Edmilson, da divisão administrativa do Estado, ao contrário da proposta de cisão política. Estou a espera apenas da manifestação deste último para publicar os dois lados da história. Debate é isso mesmo: Um lado favorável e outro contrário!


O que me move escrever este post é uma coisa que me intriga desde já. Versa sobre o apocalipse citado em João e em Daniel. Lemos que um evento gigantesco vai provocar uma intensa discussão no mundo inteiro. Este evento não teve precedentes na história e seria o verdadeiro início do fim. Mostraria que o Homem começaria a julgar a lei não pela ótica humana, mas pela ótica espiritual, a ótica das leis de Deus. E as pessoas aprovariam este movimento. Em sua maioria, renegariam as leis divinas em detrimento da situação de perda, de crise em que deverá se encontrar a humanidade.


Existe um evento castaclísmico que está marcado para acontecer no próximo ano e um segundo marcado para acontecer em três. O primeiro será o apocalipse Maia. No final do próximo ano, o mundo terá seu final depois de um último movimento do planeta, que encerraria um ciclo do planeta. Para quem não sabe, a Terra tem três movimentos. Rotação, quando a Terra gira em torno de si mesma; Translação, quando gira em torno do Sol e o movimento detectado pelos Maias, o de Precessão. Segundo se fala, esse movimento é medido em ciclos de 5125 anos. Este ciclo se encerra em 2012 com algo que se acredita que poderá causar a extinção da vida na terra. Caso isto não ocorra, há um segundo, previsto para 2014, antes da Copa do Mundo. Em qual deles acreditar?


O que ainda não se falou foi exatamente no evento que vem pontuando o mundo moderno em vários países. O da Líbia só está trazendo a libertação do povo líbio, mas vai causar mais dor do que o realmente necessário: Vai substituir uma ditadura por outra, exatamente como a que tentaram implantar no Brasil, na época dos militares. O lado ruim é que as mulheres é que mais sofrem: Já era assim na época de Jesus.


Mas eis que um movimento semelhante planeja desembarcar no Brasil. Recebi um e-mail estes dias que planeja pôr fim a classe política. Faz sentido e é louvável que se defenda o fim de uma porção de bandido. Mas não simplesmente defendendo o fim de todos eles, pois assim cairemos no mesmo erro dos líbios, de substituir o ruim pelo pior.


É interessante que a Líbia defenda o fim do seu regime e instaure outro, autoritário, apenas mudando um modelo de lei (a implantação da shária), sem considerar que o anterior já sufocava seu povo. Agora, as mulheres poderão ir à masmorra e o povo não será mais livre do que era. Como sempre, uma classe sobrepõe outra apenas visando o benefício do mandato, não importando o que o povo fará com o poder recebido. Ora, não foi o povo que o conquistou, senão o seu sangue. Porque ele teria que continuar com quem nada entende? Ou seja, o mesmo povo que deu o seu sangue para a revolução, deve continuar dando seu sangue para a maldição da repreessão.


O Brasil cairá na mesma tentação de derrubar o seu governo instaurado apenas pelos excessos? Ou deveria degolar aqueles que lhe furtam a segurança, o conforto, o sustento, a saúde? Os Barbalhos da vida, que já fizeram carreira mesmo no Senado; Os Sarneys, que ainda hoje mandam e desmandam no Maranhão, que mais parece uma líbia do Kaddafi, e que ainda possuem um pequeno feudo no Amapá...


E este mesmo motivo me força a dizer que não será diferente no Carajás e Tapajós, transformados em Territórios Federais, adivinhando que nada será tão bonito como pregam pelos dois estados. Primeiro porque nenhum tem o que acredita. Depois que o resultado dessa divisão trará novos barbalhos (ou sarneys), uma vez que isso já aconteceu antes, com a divisão do antigo estado do Grão-Pará e Maranhão. Naquela época, o Maranhão fazia parte do Pará, assim como o Amapá. Eles são melhores hoje do que seriam se ainda estivessem anexados ao estado-mãe? Provavelmente não. Pelo menos teríamos produzido menos corrupção — e é ai que entra a proposta de divisão administrativa e não política.


A questão é que o Brasil desperdiça muito com a corrupção e não investe onde deveria de fato. São médicos que deixam de atender a população, professores que deixam de lecionar para nossas crianças, no nosso já precário sistema educacional, escolas melhores, creches, hospitais... É sempre um investimento que fica mais caro para o povo (porque o Governo diz que nunca tem dinheiro para investir, mas sempre tem para doar). Eu sempre me pergunto o porquê dos EUA pagarem um dos maiores salários do mundo para um funcionário da Chrysler e vender este mesmo carro pelo valor de seis ou oito meses de trabalho, no máximo...


O Brasil desperdiça, ainda, muito com mordomias para os mais abastados da República. E nós é que sempre pagamos a conta — e o pato! Gastamos milhares de reais para sustentar aqueles que nos sonegam informações cruciais, dinheiro dos impostos... E ainda temos que arcar com o fogo do inimigo oculto, naquilo que nenhum de nós quis (a luta armada). Quem se enveredou pelos sulcos da guerra foi porque pensou que podia vencer. Morreram soldados, guerrilheiros... Mas só ganharam os que lutaram pela causa inimiga. É como se fossem estrangeiros entrando no país, militarmente armados, e nós, tendo vencido o embate, temos que pagar a conta das vidas perdidas do outro lado...


Uma causa justa, porém, a que ora se discute, porque estamos a meio tempo de uma disputa por mais profissionalismo, mais retorno do nosso investimento. Sem falar de gastos, senão da maneira como são feitos, o brasileiro pede mais celeridade, mas apuro, mais profissionalismo. É como discutir a construção de uma casa que nunca fica realmente pronta. Sempre tem uma parede para ser rebocada, um azulejo quebrado para refazer, uma lâmpada queimada... E não adianta trocar: Sempre vai queimar uma outra lâmpada, quebrar um outro azulejo ou cair um reboco de parede...


Causa justa, sim, acabar essa mesma classe que nos rouba. Mas substituindo-os por outros, mais decentes que sejam, que proponha melhorar o padrão do nosso gasto. Que proponha acabar com vantagens aos que nos roubam. E que proponham, especialmente, tratar a cada um dos milhões de brasileiros, da mesma forma como se trata a um chefe de estado de qualquer outro país. Afinal de contas, somos nós — e não qualquer outro político — que pagamos tudo. Nada mais justo que recebermos tratamento diferenciado, não?