terça-feira, 31 de março de 2009

Passeata do MST

Hoje em dia, o Governo quase que só dispõe de dinheiro para pagar seus funcionários. E estão minguando os recursos para obras emergenciais, como estradas e socorro às vítimas de desastres naturais. É hora de pensarmos se queremos um governo que se torna apenas cabide de empregos. Porque é exatamente isso o que defendem os homens do MST com seus cartazes afixados, como quem apregoa o fim do mundo.

A defesa da reestatização, hoje como ontem, não é mais possível. Quando defendem a volta ao emprego dos que foram demitidos da Embraer - antes uma empresa estatal deficitária - também defendem que, para isso, a empresa volte aos braços do governo central. E, com a crise, o governo iria reduzir a competitividade da empresa, jogando pelo ralo a modernização promovida pelo controle privado, acabando com a empresa e transformando-a em apenas mais um cabide de empregos.

A aviação internacional está parando com suas encomendas enquanto as empresas buscam reduzir seus quadros para não ter que fechar e, em vez de apenas demitir uns poucos, demitir todos. A Nissan, há algum tempo, fez a mesma coisa no Japão. Quando Carlos Ghosn resolveu empreender um projeto de demissão em massa de trabalhadores da empresa japonesa, o auditório, carregado de quem mais se interessava em ouvir a palestra do brasileiro. Ouviram, então, que o brasileiro demitiria uma boa parte da força de trabalho. Nem o país nipônico e nem o resto do mundo passavam por crise alguma. Ao final do discurso, os japoneses se postaram de pé e o aplaudiram. Hoje, tempos depois do triste episódio, a Nissan dá lucros. Naquele tempo estava quase em processo de falência.

Esse caso deveria gerar mais discussão hoje aqui no Brasil. Nos tempos atuais, demitir trabalhadores de empresas é normalíssimo. Sem dinheiro em caixa, as empresas não podem honrar o salário dos trabalhadores se as empresas não vendem seus produtos. E fica assim: Ninguém vende, não há dinheiro, e todos vão para o olho da rua. Se as vendas crescem, então as empresas contratam mais e assim ganham mais dinheiro e vendem mais e as pessoas ganham mais e mais... Esse é o plano do capitalismo. Vender mais para contratar mais pessoas e pagar mais àqueles que conseguem maneiras de vender mais.

Diferentemente do capitalismo, o socialismo defende uma economia em que só o governo tem o monopólio do mercado. Assim, todos só podem ganhar a mínima parcela que uma pessoa precisaria para subsistir, manter-se de pé. E nem sempre isso funciona porque no papel é uma coisa totalmente diferente da realidade. Ou será que Cuba e Coréia do Norte não tem miseráveis? Lá, direitos são minguados, assim como em todos os países socialistas. Critique o governo para ver o que é bom para a tosse. Veja o exemplo do Tibete. A China sempre o massacra os monges que vivem ali, porque eles criticam e pedem liberdade para seu país. Lá, isso não pode...

No Brasil, como forma de direito, ainda pode. Mas veja se você consegue: O caseiro Francenildo tentou mostrar que o governo o massacrava por um crime que ele não cometeu. No final das contas, Palocci saiu do governo, mas não sem antes massacrar o pobre rapaz. A única coisa que ele sabia foi que o ex-ministro estava envolvido em um escândalo... Era a verdade de um pobre brasileiro contra a mentira e a usurpação de outro. Quem venceu?

Devemos prestar atenção em quem se traveste de defensor dos fracos, o "Robin Hood moderno", visando apenas ganhar a simpatia do povo. Porque os poderes governamentais dão ao cidadão em questão o direito de tornar a vida do povo um inferno da noite para o dia. Para tanto, usam de "programas sociais", verbas públicas para "ONG's", que deveriam se chamar "OG's", toda a sorte de "desvios de recursos", com a rubrica da lei, para forçar a estarmos ligados àquele que nos aparece como salvador.

Essa é uma verdade bíblica: "... E virão os falsos profetas", "lobos travestidos de coelhos", querendo apenas fincar bandeira em um território e conquistar aquele povo sem, contudo, dar-lhe aquilo que promete. Promessas vãs, falsas. Verdadeira compra de apreços. Depois vem a fatura. Assim como foi na China da revolução, o preço foi alto.

"Eis que estou à porta. E bato". Você abrirá? Quem estará à sua porta? Todo cuidado é pouco...

Eliana Tranchesi: O poder da PF

Esta semana chamou a atenção - e este blog dá os parabéns à sua equipe de editorialistas - da imprensa editorial da Revista Veja, falando a respeito da prisão de Eliana Tranchesi. É certo que a empresária tem algumas pendências com a Receita Federal, porém, quantos políticos também não tem suas pendências com o governo? Talvez alguns devam ainda mais que a empresária paulista...

O interessante é ver que os brasileiros pagam bilhões de reais em impostos para o governo apenas fingir que nos devolve uma parte dele. Tem senador pagando salário de empregada doméstica pelo governo (a empregada nem deve saber que recebe o dinheiro, eu acho), paga mulher e filho, lotados em outro gabinete para frustrar a súmula vinculante do STF, que fala sobre nepotismo, recebe outros gordos recursos para pagar carros, à disposição dos "marajás" do congresso... Enfim, fazendo toda sorte de crime do colarinho branco que, não fosse a imprensa, não saberíamos nunca, talvez.

Precisamos é de um diretor de polícia que seja corajoso e isento, que saiba que os limites da investigação não devem ser apenas o do dinheiro privado, que não chega às mãos do governo, mas também o público, que se esvai pelo ralo da corrupção ativa e passiva, tanto no congresso quanto no Alvorada e na esplanada dos ministérios. Nas autarquias, onde correm soltas as negociatas. Nas secretarias, onde as conversas incluem nomes do alto escalão do governo...

Eu creio que, nesse caso, haveria de se criar uma lei que excluísse do controle do governo a PF, ligando-a ao STF, por exemplo. Uma lei tão forte que resistisse a governos e revoluções, caso elas acontecessem (ao meu ver, elas não tardam).

Como bem assinalou o editor de Veja, se a PF dispensasse o mesmo remédio que dispensa ao privado para o poder público, talvez tivessemos menos corrupção e o remédio para essa crise que nos assola não fosse tão amargo quanto o é. Talvez fossemos mais ricos. E mais felizes.

domingo, 29 de março de 2009

Nota sobre comentário do presidente

Este blog se desculpa com seus leitores pela publicação póstuma, muio tempo depois do próprio falatório do presidente na Inglaterra, para um primeiro ministro Gordon Brown interessado nas dicas do presidente brasileiro, desta nota. Porém ela ecoa, forte, na cabeça da imprensa e das pessoas, principalmente na minha. E fica claro que o verdadeiro culpado pela crise é outro, diferente do que ele fala:

"A crise foi causada por comportamentos irracionais de gente branca de olhos azuis, que antes pareciam saber de tudo, e, agora, demonstram não saber de nada"

Sinceramente, vocês não concordam que esta frase se assemelha mais com os dizeres do presidente do que com quem ele acusa na crise? Vejamos, então: Quando há uma crise no Brasil, desvio de dinheir público, verbas que foram para o ralo, conversas na sua antessala que davam como sua a responsabilidade da crise no país... Enfim, muitas conversas nesse sentido e ele simplesmente dizia: "EU NÃO SABIA DE NADA"...

É brincadeira ou esta frase não foi dita pelo presidente brasileiro? Eu prefiro acreditar que Lula não disse o que a mídia diz que ele disse, o que as câmeras de televisão mostraram ele falando, o que todos viram ele falar... Acho que foi simplesmente um sósia mal-intencionado e bem ensinado que falou no lugar do sr. Lula da Silva.

Tomara que tenha sido mesmo, pois ele vai se contradizer todinho se não for verdade...

Projeto de lei da educação

Recebi este mail da leitora Layse Christine, que recebeu por uma corrente da educação na Internet, mas que vale a pena ler. O Projeto de Lei do Senado (PLS), do senador, ex-governador do DF e ex-candidato do PDT à Presidência, Cristóvam Buarque, visa a obrigar todos os políticos eleitos no país a matricularem seus filhos em escolas públicas. Pela visão do próprio senador, a lei faria com que os políticos se preocupassem mais com a qualidade do ensino, uma vez que não poderiam fazer os filhos estudarem em colégio particular, fazendo com que a educação melhorasse de modo geral.

Eu não tenho certeza de que isto bastaria, pois que os políticos arranjariam um meio de enganar a legislação e matriculariam seus filhos em colégios particulares ou mesmo no exterior, como é o caso de alguns. E isso faria com que a legislação se tornasse inócua. Mas é uma primeira idéia, o que contribui para o aprofundamento da questão. Vamos propor o aprofundamento desta questão mais adiante. Por ora, vou apresentar para vocês a cópia do texto do e-mail que recebi da leitora, que aliás, é minha esposa. O projeto é de 2007. Ei-lo:

PROJETO QUE OBRIGA POLÍTICOS A MATRICULAREM SEUS FILHOS EM ESCOLAS PÚBLICAS.

UMA CORRENTE DIFERENTE - Trata-se de um movimento de apoio à idéia do senador Cristovam Buarque, que foi candidato a presidente com a proposta da educação. Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, governador, presidente) seja obrigado a pôr os filhos na escola pública. As conseqüências seriam as melhores possíveis.. Quando os políticos se virem obrigados a pôr seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos atualmente no Brasil. SE VOCÊ CONCORDA COM A IDÉIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM no seu dia-a-dia e pela Internet (em cópia oculta e apague o endereço de quem lhe enviou, para evitar SPAM). E ajude a REALIZAR essa idéia. Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país. O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.

http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166

PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 480 de 2007

Autor: SENADOR - Cristovam Buarque

Ementa: Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.

Data de apresentação: 16/08/2007

Situação atual:

Local: 17/11/2008 - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

Situação: 29/05/2008 - PRONTA PARA A PAUTA NA COMISSÃO

Indexação da matéria: Indexação: FIXAÇÃO, OBRIGATORIEDADE, AGENTE PÚBLICO, OCUPANTE, CARGO ELETIVO, EXECUTIVO, LEGISLATIVO, REPÚBLICA FEDERATIVA, ESTADOS, (DF), MUNICÍPIOS, MATRÍCULA, FILHOS, DEPENDENTE, ESCOLA PÚBLICA, EDUCAÇÃO BÁSICA, ENSINO FUNDAMENTAL, ENSINO DE PRIMEIRO GRAU, DEFINIÇÃO, PRAZO MÁXIMO, APLICAÇÃO, NORMAS.


O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º Os agentes públicos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal são obrigados a matricular seus filhos e demais dependentes em escolas públicas de educação básica.

Art. 2º Esta Lei deverá estar em vigor em todo o Brasil até, no máximo, 1º de janeiro de 2014.

Parágrafo Único. As Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas Estaduais poderão antecipar este prazo para suas unidades respectivas.

JUSTIFICATIVA - No Brasil, os filhos dos dirigentes políticos estudam a educação básica em escolas privadas. Isto mostra, em primeiro lugar, a má qualidade da escola pública brasileira, e, em segundo lugar, o descaso dos dirigentes para com o ensino público. Talvez não haja maior prova do desapreço para com a educação das crianças do povo, do que ter os filhos dos dirigentes brasileiros, salvo raras exceções, estudando em escolas privadas. Esta é uma forma de corrupção discreta da elite dirigente que, em vez de resolver os problemas nacionais, busca proteger-se contra as tragédias do povo, criando privilégios. Além de deixarem as escolas públicas abandonadas, ao se ampararem nas escolas privadas, as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de se beneficiar de descontos no Imposto de Renda para financiar os custos da educação privada de seus filhos. Pode-se estimar que os 64.810 ocupantes de cargos eleitorais - vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores e seus suplentes, governadores e vice-governadores, Presidente e Vice-Presidente da República - deduzam um valor total de mais de 150 milhões de reais nas suas respectivas declarações de imposto de renda, com o fim de financiar a escola privada de seus filhos alcançando a dedução de R$ 2.373,84 inclusive no exterior. Considerando apenas um dependente por ocupante de cargo eleitoral.

O presente Projeto de Lei permitirá que se alcance, entre outros, os seguintes objetivos:

a) ético: comprometerá o representante do povo com a escola que atende ao povo;

b) político: certamente provocará um maior interesse das autoridades para com a educação pública com a conseqüente melhoria da qualidade dessas escolas.

c) financeiro: evitará a "evasão legal" de mais de 12 milhões de reais por mês, o que aumentaria a disponibilidade de recursos fiscais à disposição do setor público, inclusive para a educação;

d) estratégico: os governantes sentirão diretamente a urgência de, em sete anos, desenvolver a qualidade da educação pública no Brasil.

Se esta proposta tivesse sido adotada no momento da Proclamação da República, como um gesto republicano, a realidade social brasileira seria hoje completamente diferente. Entretanto, a tradição de 118 anos de uma República que separa as massas e a elite, uma sem direitos e a outra com privilégios, não permite a implementação imediata desta decisão. Ficou escolhido por isto o ano de 2014, quando a República estará completando 125 anos de sua proclamação. É um prazo muito longo desde 1889, mas suficiente para que as escolas públicas brasileiras tenham a qualidade que a elite dirigente exige para a escola de seus filhos.

Seria injustificado, depois de tanto tempo, que o Brasil ainda tivesse duas educações - uma para os filhos de seus dirigentes e outra para os filhos do povo -, como nos mais antigos sistemas monárquicos, onde a educação era reservada para os nobres.

Diante do exposto, solicitamos o apoio dos ilustres colegas para a aprovação deste projeto.

É IMPRESCINDÍVEL FAZER ISSO TAMBÉM PARA A SAÚDE!

Sala das Sessões,
Senador CRISTOVAM BUARQUE

sábado, 28 de março de 2009

Educação na desgraça

Confirmando-se a tese ministrada por este poster estes dias e que todos já sabem ser verdade. Apenas para as pessoas não terem que recorrer à leitura do artigo inteiro, citarei apenas o exemplo que se encontra na coluna e darei o link para onde está publicada a matéria real:



"Porque (SIC) a carga horária almentar?", grafado incorretamente, define a preocupação dos estudantes com o aumento da carga horária. É triste ver que defendem a redução da carga horária mas não demonstram preocupação com a qualidade do seu ensino. Ressalve-se que os alunos só descobriram o erro quando já era tarde demais. E o fotógrafo já tinha feito a foto.

Não sabemos por onde começar a correção no ensino. A esquerda fala que o mais importante é melhorar o acesso à universidade. Com base científica, comprova-se que o ideal seria melhorar as condições para o acesso ao ensino médio. Já eu acho que o ideal seria beneficiar a pesquisa como forma de melhorar a qualidade do ensino. Os professores receberiam por produção e seriam obrigados a apresentar alguma melhora ao final do ano, sob pena de terem que pagar em dobro tudo o que receberam.

Por outro lado, isso não teria efeito prático. Alunos e mestres ficariam perdidos em sala, pois um não entende patavinas o que o outro fala. Os jovens tem uma linguagem cada vez mais pobre e os mestres, talvez procurando se adequar a ela, acabam passando do stermos do que seria aceitável. Isso sem contar com os problemas que a Internet moderna cria: "VC" para cá, "FIK" para lá e por ai vai... O "almento" só vem confirmar isso. Para confirmar o que eu digo, digite a palavra no google e veja a quantidade de links que aparecem.

Dá para entender isso? Os alunos resolvem fazer paralização por menos tempo de aula e ainda cometem uma gafe dessas? No mínimo a gente entende que eles precisam mesmo é de muito mais aulas. 365 dias no ano, pelo menos.

Mas pelo que li no site do jornal Gazeta OnLine, a reivindicação é por infra-estrutura nas escolas. Querem que os alunos fiquem mais tempo nas escolas, mas os bebedouros estão estragados em algumas; noutras, carteiras estão tomadas por cupins, enfim, são milhares de problemas.

Agora o que não dá para entender a faixa, isso não dá.


* a foto foi tirada do site Gazeta Online

Camargo Correa e o GF

Uma postagem no ex-blog do dia 27 (sempre cito postagens do César Maia pertinentes à este blog), já que ele não circula hoje e às vezes chega tarde para a minha caixa de e-mail, dá conta de que o verdadeiro escândalo da Camargo Corrêa seria uma ligação com o Governo Lula. Na reportagem, cita-se o jornal Correio Braziliense, onde as ligações se aclaram.

Para aqueles que nunca se acham na crítica e sempre aplaudem o "decoro" de quem está no poder, vale ficar on em uma velha máxima de Maquiavel, que afirma que "os fins justificam os meios", ou seja, quem está no governo sempre deve ser questionado e seus métodos sempre devem ser postos em cheque, dúvida.


E X - B L O G
CAMARGO CORRÊA E O COMPLEXO DE DEODORO!
Correio Brasiliense - 14 de maio de 2007

Governo federal gasta ilegalmente em obra do Pan

"As autoridades planejam só agir depois das competições, mas já é possível dizer que há algo de podre nos Jogos Pan-Americanos. O caso com maior grau de inflamação, por ora, é a obra do Centro Esportivo Deodoro, área instalada dentro da Vila Militar, na Zona Oeste do Rio, onde serão disputadas as provas de hipismo, hóquei, pentatlo, tiro e arco. A construção, a cargo da empreiteira Camargo Corrêa, é a única totalmente tocada com dinheiro do governo federal. Com mais de R$ 100 milhões envolvidos, ela não só está atrasada. Seus custos ultrapassaram todos os limites previstos, inclusive aquele em que um gasto público deixa o território da legalidade e esmaece sob um nevoeiro de odor forte e desagradável".

Oração do Salmo 102

Salmos 102

1 SENHOR, ouve a minha oração, e chegue a ti o meu clamor.
2 Não escondas de mim o teu rosto no dia da minha angústia, inclina para mim os teus ouvidos; no dia em que eu clamar, ouve-me depressa.
3 Porque os meus dias se consomem como a fumaça, e os meus ossos ardem como lenha.
4 O meu coração está ferido e seco como a erva, por isso me esqueço de comer o meu pão.
5 Por causa da voz do meu gemido os meus ossos se apegam à minha pele.
6 Sou semelhante ao pelicano no deserto; sou como um mocho nas solidões.
7 Vigio, sou como o pardal solitário no telhado.
8 Os meus inimigos me afrontam todo o dia; os que se enfurecem contra mim têm jurado contra mim.
9 Pois tenho comido cinza como pão, e misturado com lágrimas a minha bebida,
10 Por causa da tua ira e da tua indignação, pois tu me levantaste e me arremessaste.
11 Os meus dias são como a sombra que declina, e como a erva me vou secando.
12 Mas tu, SENHOR, permanecerás para sempre, a tua memória de geração em geração.
13 Tu te levantarás e terás piedade de Sião; pois o tempo de te compadeceres dela, o tempo determinado, já chegou.
14 Porque os teus servos têm prazer nas suas pedras, e se compadecem do seu pó.
15 Então os gentios temerão o nome do SENHOR, e todos os reis da terra a tua glória.
16 Quando o SENHOR edificar a Sião, aparecerá na sua glória.
17 Ele atenderá à oração do desamparado, e não desprezará a sua oração.
18 Isto se escreverá para a geração futura; e o povo que se criar louvará ao SENHOR.
19 Pois olhou desde o alto do seu santuário, desde os céus o SENHOR contemplou a terra,
20 Para ouvir o gemido dos presos, para soltar os sentenciados à morte;
21 Para anunciarem o nome do SENHOR em Sião, e o seu louvor em Jerusalém,
22 Quando os povos se ajuntarem, e os reinos, para servirem ao SENHOR.
23 Abateu a minha força no caminho; abreviou os meus dias.
24 Dizia eu: Meu Deus, não me leves no meio dos meus dias, os teus anos são por todas as gerações.
25 Desde a antiguidade fundaste a terra, e os céus são obra das tuas mãos.
26 Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles se envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás, e ficarão mudados.
27 Porém tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.
28 Os filhos dos teus servos continuarão, e a sua semente ficará firmada perante ti.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Perigo à vista no Estado

Quem pensa que a crise está em vias de terminar, pode estar enganado. Na próxima reunião do Banco Central que define os juros, podemos ter viés de baixa e os juros devem cair ainda mais, não por conta da pressão dos políticos, mas pelo mercado, com risco de recessão mais séria por terras tupiniquins. Matéria de capa de hoje do caderno Poder em O LIBERAL, o estado do Pará encontra-se com baixa capacidade de investimentos, talvez devido ao inchaço da máquna administrativa, mas com certeza por causa da crise financeira.

A indicação de mudança no cronograma de pagamentos do governo do Estado deve pegar muita gente de calça curta, pois não esperava a notícia em cima da hora. Sem dinheiro em caixa, segundo a reportagem, o governo deve contrair novo empréstimo no exterior da ordem de R$ 1 bilhão para fechar a folha. Segundo o jornal, o governo estadual "estaria com sua capacidade de investimento extremamente reduzida", o que pode contribuir, em algum tempo e se a situação não melhorar no médio prazo, a levar o governo a não investir um centavo em nada, apenas pagando funcionários.

Militares, pensionistas, civis, servidores da Sead e da Seduc, inativos, já receberam pela tabela divulgada pela imprensa. Hoje recebem os funcionários da Seduc na capital e no interior. Segunda-feira terão seus vencimentos pagos o pessoal de Auditoria, Casas Civil e Militar, Consultoria, Defensoria, Gabinete do Vice-governador, NAF, NGPR, Procuradoria e secretarias. O resto do governo só terá dinheiro em caixa no mês que vêm, dia primeiro de abril. É, não é mentira...

Enquanto se discute os efeitos nefastos da Crise, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) já prevê crescimento nulo este ano. Isso porque o Brasil estava começando a dar sinais de crescimento de país maior, como a China. E, ao contrário daquela economia, a nossa pode não se recuperar mais.

O que se crê, em linhas gerais, é que talvez os próximos governantes a assumirem seus postos, em 2011, receberão eles com um orçamento apertadíssimo. E, creio eu, pode ser que ocorram algumas demissões nos governos estaduais nesse meio tempo. É possível que a crise piore ainda mais. E ela vai ser ruim para todos, por igual.

Aquele que tem ouvidos, ouça!

Crise no Congresso Nacional

Foi escabroso o escândalo que abalou a oposição, deflagrado pela PF nos últimos dois dias. Nomes já tarimbados se encontram no imbróglio. E já não assustam mais ninguém pelo tirocínio que se tem das pessoas que estão na lista. Caso de Jáder Barbalho, que teria recebido da Camargo Corrêa R$ 300.000,00. Outros parlamentares também se encontram na lista, mas nem por isso de menor valor. O Deputado afirmou que recebeu R$ 300 mil, mas "tudo dentro da lei"

O partido que levou mais dinheiro, segundo consta na Folha de ontem, pela operação foi o Democratas, que, segundo recibo repassado à publicação, de R$ 300 mil, tudo devidamente registrado conforme manda a lei. O PSDB, o outro partido citado, na pessoa do senador Flexa Ribeiro, teria recebido R$ 200 mil, em duas parcelas de R$ 100. Há ainda outros nomes e agremiações, mas estes são os mais relevantes, por enquanto, para nós.

Os jornais de hoje dão pelo menos uma sombra em que paira a dúvida de que o ex-governador e presidente do partido tenha recebido valor não lícito. E não falo aqui do Jornal O Liberal, que mantém rixa com o líder do partido da base aliada do governo no congresso. Vem da própria PF. No Bom Dia Brasil de hoje, afirma que o dinheiro fora acertado "por fora".

Os números ainda surpeendem por mostrarem quem, por exemplo acha que é só a oposição que recebe dinheiro graúdo das construtoras: Na campanha de 2002, Lula recebeu, da mesma Camargo Corrêa, 4 milhões de reais para movimentar a sua campanha. Ela também é responsável por obras do PAC. A operação "paralela" da Camargo já dá seus primeiros sinais negativos: As ações já caem pouco mais de 1%

Na sede da construtora aparecem papéis comprometedores, porém, ela alega que não há a necessidade de prender ninguém. Em nota na edição de ontem da Folha de São Paulo, em anúncio na capa do jornal, anunciou "perplexidade diante dos fatos ocorridos", ressaltando que cumpre rigorosamente com todas as suas obrigações legais.

Pelo andar da carruagem, esta crise no Congresso ainda vai vitimar muita gente. O problema é saber se apenas os culpados serão punidos, diferente da operação que vitimou o caseiro Francenildo, em Brasília, quando enfrentou o ex-ministro da fazenda, Antônio Palocci. Não dá mais para ver o governo se envolvendo para punir os inocentes visando sua própria segurança.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Estudo: Prioridade?

Quem quiser ler, os jornais estão ai: Educação em Ananindeua não é prioridade, nem do governo municipal e nem do governo estadual. Notem que a educação deveria ser prioridade número um para um país que pleiteia uma vaga no CS da ONU e outra no primeiro mundo, o desenvolvido.

Salários são mais altos para quem estuda mais. Para quem não estuda, resta passar uma vida inteira com uma bolsa que mal paga o almoço e o jantar — a maioria das famílias com pouca instrução tem mais de 3 filhos e os usam para recolher alguns trocados nas ruas além da verba de ajuda do governo.

A foto mostra bem o que todos podem ver in loco: Alunos de mais em salas de menos. Isso sem contar que os professores ensinam errado os alunos: Minha prima, quando ainda fazia o primeiro grau, reclamou à professora que uma colega colava em sua prova, no que recebeu de alento da professora: "Faça a sua prova errado que ela vai colar errado".

São milhares de exemplos que, como o citado acima, mostram que a culpa da educação está, também nos professores. O que falta para o governo apostar nos bons em detrimento dos maus? O que é melhor para um professor: Gastar mais tempo aprendendo ou trabalhar mais para ganhar mais? A questão, ao meu ver, torna-se ensinar melhor o aluno. Mas se o professor não ganha nada a mais por isso, o que esperar da qualidade do ensino?

Nosso estado deturpa muito os salários dos seus trabalhadores. Já vi gente trabalhando, com diploma de nível superior e doutorado, que recebia pouco mais de 400 de salário-base. Ai tem que trabalhar em outras atividades como forma de complementar seus parcos caraminguás. O que esperar desse profissional?

Fico pensando o que podem esperar, daqui 10, 100 anos, as pessoas que dependem do serviço público. No privado, embora os salários sejam melhores, não muda muita coisa...

O engraçado é que, se compararmos as rendas de Brasil e Coréia de 50 anos atrás, veremos que a per-capita era semelhante nos dois países. Hoje, é quase 4 vezes a nossa. O que houve para tamanha discrepância? Investimento maciço em educação por lá. Isso só mostra que o Brasil só caminha por estradas erradas. Pior: Nunca volta e tenta percorrer nas estradas boas, que levam ao desenvolvimento.

Porquê será isso?

"Controles Sociais"... Agora no Judiciário

O que seria um "controle social" de alguma coisa? Uma forma mais moderna de saber que alguém ou alguma coisa faz ou se não há interesses escusos por detrás de certas afirmações? Penso eu que não é nada disso. É apenas mais uma forma do governo impor a sua visão a alguma coisa que seja independente. Ela tentou controlar o "audiovisual" e conseguiu com a Ancine. Ele tentou controlar o Jornalismo com o Conselho Federal — só que este não deu certo. E não deu certo porque a imprensa e a sociedade viram na atitude uma maneira de controlar o que falam os jornalistas. Isso, para qualquer pessoa, é a proibição do direito constitucional da livre expressão. O governo voltou atrás, mas ainda não enterrou a idéia do conselho, ainda defendida por vários petistas. Mas o que querem realmente com o "Controle Social do Judiciário"?

A primeira vista, o Controle Social seria algo capaz de "prender" juízes e representantes do judiciário que estivessem envolvidos com falcatruas ou ilícitos. Essa pelo menos é a idéia. Mas é apenas o ornamento externo que querem colocar antes de mostrarem realmente a verdadeira face: eliminar as punições aos criminosos amigos do Governo, como MST e afins. Quando alguma coisa do gênero chegasse ao STF, por exemplo, o órgão "teria o poder", imagino eu, de rebaixar a decisão do poder constitucional para permitir que os sem-terra pudessem ficar livres. Mas pode ser ainda mais grave: Eles podem tornar sem efeito uma decisão do judiciário que desagrade o governo federal (caso da cassação de José Dirceu), mantendo-lhe os poderes políticos, como se nenhum tribunal pudesse julgá-lo. Onde está a imparcialidade do controle? Ela simplesmente não existe!

A primeira coisa que um bom jornalista deve aprender com o seu ofício é sempre desconfiar de quem tem o poder nas mãos, pois seu interesse sempre é maior do que os dos outros. Sempre que o governo parecer um bom samaritano, desconfie.

Li um e-mail recebido por uma pessoa amiga onde um certo médico publica uma certa "carta" onde ele convida as pessoas a participarem de um tal "movimento", que visa criar outro controle externo ao judiciário. Soube, depois de ler a mensagem, que o tal médico é presidente de sindicato, o que já não é boa coisa ao meu ver. Um radialista de Belém com um programa matinal afirmou, categórico: "Sindicalista gosta de atrapalhar". Baseado nesta afirmação, refleti e vi que ele não poderia estar mais certo. Afinal, você já viu sindicato lutar por melhores salários se o próprio salário do sindicalista não estiver atrelado a este "aumento"? É cada um puxando a brasa para a sua sardinha!

Ao meu ver, o Judiciário deveria escolher melhor os juízes que julgam os atos baseados na lei aprovada nas casas legislativas. E muitos magistrados são unânimes em comentar: Juíz precisa ter vivência. Precisa ter experiência de vida, além de conhecimento. Eu comungo dessa opinião. Sem viver determinadas situações, como poderá um ser humano julgar alguém? Me acontece uma frase que lembro, citada no Claudio Humberto dia desses, que seria de Roberto Campos para uma senadora do PT, à época: "Você tem idéias boas e idéias novas. O problema é que as boas não são novas e nem as novas são boas". Seria interessante que este senhor fizesse uma reflexão sobre isso antes de falar sobre mais "controle"

Para finalizar, gostaria de sugerir aos leitores uma pequena leitura, aqui mesmo no Blog. Fiquei sabendo que o autor defendeu tempos atrás (no seu tempo) o socialismo, mas o interessante é a frase dele, não o que ele defendeu. Isso serve também para que reflitamos sobre as idéias mais nefastas que pululam de tempos em tempos, em bocas não muito cautelosas:

"Liberdade significa responsabilidade. Por isso tantos a temem."
Bernard Shaw

quarta-feira, 25 de março de 2009

Fórum Social Mundial não paga os trabalhadores

Essa notícia promete ser um calo no sapato para a próxima eleição se não for solucionada em tempo. É que chega a este blog a denúncia de que trabalhadores que ficaram à disposição do Fórum Social Mundial, realizado na capital do estado entre os dias 27 de janeiro e 1 de fevereiro deste ano, ainda não receberam nem sinal de que vão ter os acréscimos devidos em seus contra-cheques. Alguns trabalhadores já prometem entrar, inclusive, com denúncia em breve.

A solicitação parece ter partido dos diretores que organizaram o fórum, mas que chegou aos ouvidos de quem já era lotado em outras instituições do Estado que este cederia seus trabalhadores. Desde então muitos ainda não receberam. Segundo aparenta, apenas quem não era lotado no Estado é que recebeu. As pessoas são encaminhadas à Sespa (na Presidente Pernambuco) e saem de lá sem nenhuma garantia de recebimento de nenhum centavo. E o tempo vai passando...

Memória - O evento teve o seu último dia praticamente cancelado devido a falta de respeito aos trabalhadores em saúde, que tiveram que ser removidos às pressas pelo fato de uma denúncia anônima de que seria feito um arrastão com furto de seringas, que poderiam ser contaminadas com sangue. Ninguém sabe se realmente foi necessária a retirada.

Gostaria de ouvir as entidades responsáveis por esse imbróglio, caso resolvam pagar ou não os trabalhadores, apenas para esclarecer esta questão, séria.

Estas são as entidades que participam do fórum social, segundo o site da Internet:

Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) - www.articulacaodemulheres.org.br

Articulação de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) www.amnb.org.br

Associação Brasileira de Ongs - (Abong) www.abong.org.br

Central Única dos Trabalhadores (CUT) www.cut.org.br

Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab)www.coiab.com.br

Conselho Pan-Amazônico

Fórum da Amazônia Oriental (Faor) www.faor.org.br

Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) www.gta.org.br

Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) www.ibase.br

Instituto Paulo Freire (IPF) www.paulofreire.org

Marcha Mundial das Mulheres (MMM) www.sof.org.br/marcha

Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST)/Via Campesina www.mst.org.br

Rede de Educação Cidadã (RECID) www.recid.org.br/

União da Juventude Socialista (UJS) www.ujs.org.br

União das Universidades da Amazônia (UNAMAZ) www.ufpa.br/unamaz

União Nacional dos Estudantes (UNE) www.une.org.br

terça-feira, 24 de março de 2009

Curiosidades: Relógio Mundial

Caros leitores, estraí esta notícia de um blog de um colunista da rádio CBN, o Blog do Barbeiro. Heródoto Barbeiro.

Na verdade, a notícia eu já tinha escutado faz tempo. E estava bastante entusiasmado em publicar algo do gênero. Como sou ouvinte da rádio O Liberal CBN, ouvi a notícia e estava aguardando uma chance de visitar o site e ver o chamado "Relógio Mundial", que lista o número de nascimentos e mortes por segundo, ano... Até mesmo o número de barris de petróleo extraídos. Isso a cada segundo e no mundo inteiro.

Acessem o World Clock

O povo aprovou a reeleição.

Nota que pode ser lida no Ex-Blog do César Maia de hoje reproduzia uma série de pesquisas do DataFolha sobre Eleições para 2010. Nada de muito novo. O interessante mesmo é que o povo parece ter aprovado a reeleição. Mas como toda a regra tem a sua excessão, no Rio Grande do Sul parece que a onda verde para a reeleição dos atuais governadores freou em Yeda Cruzius (a mesma da equipe do plano Collor).

Lá no Rio Grande do Sul, com os eleitores bastante politizados (basta lembrar que o PT gaúcho trocou seu tradicional vermelho pelo azul), os eleitores não querem saber de maus governantes. Os bons exemplos estão com o moral lá em cima. Pude confirmar um desses exemplos em Brasília, onde estive em Janeiro deste ano. A cidade parece ser um reduto de crescimento, com obras por todos os lados. E a aprovação a um segundo mandato para Arruda é impressionante: 41%. Isto, porém, não é suficiente para justificar sua alta popularidade. Veja no Ceará: Cid Gomes, acusado de uso de aparelho aeromotor para transportar a família por viagens internacionais, sua taxa é significativa: 39%

O resultado não e definitivo, mas podemos esperar grandes suspresas nestas próximas eleições? Particularmente, creio que não. Eu diria que São Paulo pode aprontar uma novidade, mas não afirmo isso com segurança. É mais provável que elejam o ex-governador tucano Geraldo Alckmin do que apareça alguma surpresa. A menos que alguém esteja se preparando para a Prefeitura.

Veja os resultados da pesquisa DataFolha
para os Governadores, candidatos à reeleição:

DF – Arruda (DEM) = 41%
CE - Cid Gomes (PSB) = 39%
BA - Jaques Wagner (PT) = 38%
PE - Eduard Campos (PMDB) = 34%
RJ - Cabral (PMDB) = 26%
RGS – Yeda (PSDB) = 9%.

PS: Sempre é bom lembrar dos escândalos em que se meteu Duciomar Costa antes de ser reeleito Prefeito de Belém nas eleições do ano passado. E de Lula no plano Nacional. Treino é treino e jogo é jogo!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Serra ganha em 2010?

O candidato tucano José Serra, favorito nas pesquisas para a sucessão de Lula, vence as próximas eleições presidenciais, segundo Montenegro, presidente do Ibope. A notícia saiu no Ex-Blog do César Maia deste final de semana, mas contém uma pergunta implícita: estamos mesmo sem alternativas ao poder em 2010?

Não creio tanto nesta afirmativa. Em 1994, com a eleição de Fernando Henrique, quem imaginaria que surgiria um candidato com o desempenho dele? A moeda da eleição daquela época foi a criação do Plano Real. Mesmo com o PT alardeando aos quatro cantos que o plano era eleitoreiro e logo se criaria um outro plano para o país, como os anteriores (o que se provou não ser verdade), o candidato foi para o segundo turno com Lula e o bateu. A questão é: mesmo com a crise do tamanho que está, Lula ainda tem uma bela popularidade. E com o caso dos sucessivos escândalos de corrupção, ainda assim, consiguiu se reeleger.

Lula, para mim, é um exímio contador de histórias. Para mim, ele parece com aquele cara do filme que diz que passou uma vida inteira correndo e, embora alguns não acreditem, ele convence muitos. O presidente de honra do PT é assim: Sempre é o último a saber (ele não sabe de nada), mas com a imagem de probo e honrado. E a história a gente já sabe.

Quando o congresso era um mar de corrupção, o presidente acusado de todos os lados de ser o principal envolvido nos esquemas de desvios de dinheiro, ainda assim quase "passa" no primeiro turno, fato inédito desde o advento da Reeleição. Então, com esse histórico, o presidente não pode simplesmente ser ignorado. Ou seja, se o presidente diz que faz o seu sucessor, não será o Montenegro que desfará.

Depois de Lula, eu acho que até boi voa. E, sinceramente, não creio que ele não faça o seu sucessor. OU que, no mínimo, ele seja um adversário "pedra no sapato", ao contrário do que diz o presidente do Ibope.
Quem viver, verá!


Eis a íntegra da nota, para os que não assinam o Cesar Maia:

MONTENEGRO, DO IBOPE,

DIZ QUE SERRA GANHA EM 2010!

1. Bem, pelo menos é o que dizia o blog de Ricardo Kotscho, ex-assessor de imprensa de Lula, em 30 de setembro de 2008. Vejamos:

2. "Serra caminha para uma vitória contra Dilma em 2010, eleição em que, na sua opinião, só dois candidatos fortes deverão concorrer. As previsões acima são de Carlos Augusto Montenegro, 54 anos, que desde os 20 comanda o Ibope, maior instituto de pesquisas da América Latina. Na sucessão de Lula, Montenegro acredita que a ‘bola da vez’ é o governador paulista José Serra, assim como me dissera, no início da campanha de 2002, fez questão de lembrar, que a ‘bola da vez’ era Lula , e como sabemos, acertou."

3. "Por um motivo principal: desde o trauma Collor, o eleitorado brasileiro não elege mais candidatos fabricados, mas apenas aqueles que têm um currículo, uma história de vida política. Na opinião do presidente do Ibope, o PT ficou sem um candidato natural, com currículo e história, após a perda de suas principais lideranças na crise do mensalão. E agora restaria pouco tempo para construir um nome forte para concorrer com Serra."

4. "Na sua avaliação, as chances de Ciro Gomes são de 0% porque ele não será o candidato de Lula e há uma ‘fadiga de material’ sentida pelo eleitorado por sua participação em campanhas anteriores: ‘O maior adversário do Ciro é o Ciro’. ‘Não vai dar tempo de fabricar um outro candidato daqui até 2010’, afirma com convicção, sem pedir off na conversa. Montenegro baseia sua análise no favoritismo do tucano em dois fatores: o seu currículo político (secretário estadual, deputado federal, senador, prefeito, governador) e, principalmente, no seu trabalho no Ministério da Saúde durante o governo FHC.”


sábado, 21 de março de 2009

Juiz "cala" jornal

Notícia lida no Amazônia, esta sexta-feira: "ANJ condena decisão de juiz contra o jornal 'O Povo". A liminar concedida pelo magistrado, segundo a Associação Nacional dos Jornais, impede o veículo de anunciar, inclusive, a sentença de ação proposta pelo MPF contra o Jogo do Bicho. "É censura prévia", diz.

É indispensável que em um estado democrático de direito não possa faltar nada, inclusive o direito do povo de ficar sabendo dos atos dos poderes constituídos. O jornal adquiriu a informação de maneira ilegal, segundo entende a associação, que espera que O Povo recorra da decisão. Comungam de minha opinião em recorrerem da decisão.

A matéria pode ser lida na edição de 21de março de 2009, página 3

sexta-feira, 20 de março de 2009

Respeito aos pedestres na Duque


Duciomar, antes do final do seu primeiro mandato, alargou a Duque de Caxias e promoveu ampla reforma paisagística. O resultado, depois da intervenção, foi um modelo de avenida. A organização foi a tal ponto que faixas intermediárias foram criadas na sua extensão e que deveriam parar o tráfego, segundo o projeto original. Isso não durou muito tempo.

Bom, temos de convir que desde quando a avenida fora reinaugurada, os pedestres não respeitavam as faixas. Os motoristas, reacostumados com a nova configuração, foram se moldando à nova realidade. E respeitavam a condição das faixas. Durante algum tempo. Depois foram vendo que não havia respeito e nem fiscalização. Passaram a perder o medo de passar e não dar vez para o pedestre. E perderam a condição de respeitadores, em uníssono. Nem mesmo os carros oficiais respeitam a sinalização!

É interessante que as pessoas, antes acostumadas a uma condição, consigam mudar seus hábitos em tão pouco tempo. Nesse caso, hábitos salutares que nem sempre mudam para melhor, ou seja, nem sempre há um avanço. O que se esperaria uma atitude benéfica, quando do comportamento dos motoristas perante a avenida (que era a única de Belém que respeitava os pedestres) era exemplar, sem uma campanha ostensiva? Estavam de parabéns, tanto transeuntes quanto motoristas. De repente, viraram os condutores montros do volante e os pedestres, amedrontados com a afronta aos seus direitos recém-conquistados, agora pareciam personas non gratas.

Belém está mesmo em uma situação crítica; Por um lado a violência que assola os cidadãos de bem, que se trancam em suas casas quando os bandidos estão livres e soltos. Por outro, trânsito cada vez pior, onde motoristas não respeitam nenhuma lei e os pedestres vivem sem saber o que esperar de seus algozes, os monstros do volante anônimos. E o crime prospera de uma maneira geral, seja do lado do bem quanto do lado do mal.

E ninguém faz nada. Ninguém espera mudar o mundo, os erros crasos dessa civilização moderna, que se permite errar e não quer nem saber de reconhecer o erro, o primeiro passo para se consertar. E assim caminha a humanidade.

Poderíamos simplesmente fazer uma ostensiva campanha, não apenas na Duque, mas em todas as outras ruas e avenidas de Belém, para reduzir os números tristes do nosso trânsito. Não adianta apenas criar as condições para termos um transito mais fluido. Precisamos criar as condições para ele ser mais seguro.

E ponto.

Raposa Serra do Sol: Roraima é dos índios.

O Supremo Tribunal Federal decidiu, quase a unanimidade, que as terras do estado de Roraima serão pertencentes, quase totalmente, aos índios. Demorou parasair, mas finalmente os ministros entenderam que os direitos dos índios deveriam permanescer nos territórios que já eram deles. Porém, a decisão obriga que os arrozeiros, que plantavam em terras não contínuas — que, no entanto, agora são dos índios —, saiam imediatamente da área. Ressalva, entretanto, que as terras pertencem à união, ou seja, que os índios precisam pedir autorização à União para extrair da terra seus recursos naturais. E ainda, por via da súmula vinculante, a decisão vai contaminar outras próximas que forem parar nas mãos dos ministros do STF que envolverem terras indígenas.

O ministro Carlos Alberto Menezes Direito, porém, propôs condições para demarcação e ocupação de terras indígenas terão os seguintes conteúdos:

1 – O usufruto das riquezas do solo, dos rios e dos lagos existentes nas terras indígenas pode ser relativizado sempre que houver como dispõe o artigo 231 (parágrafo 6º, da Constituição Federal) o relevante interesse público da União na forma de Lei Complementar;

2 - O usufruto dos índios não abrange o aproveitamento de recursos hídricos e potenciais energéticos, que dependerá sempre da autorização do Congresso Nacional;

3 - O usufruto dos índios não abrange a pesquisa e a lavra das riquezas minerais, que dependerá sempre de autorização do Congresso Nacional, assegurando aos índios participação nos resultados da lavra, na forma da lei.

4 – O usufruto dos índios não abrange a garimpagem nem a faiscação, devendo se for o caso, ser obtida a permissão da lavra garimpeira;

5 - O usufruto dos índios não se sobrepõe ao interesse da Política de Defesa Nacional. A instalação de bases, unidades e postos militares e demais intervenções militares, a expansão estratégica da malha viária, a exploração de alternativas energéticas de cunho estratégico e o resguardo das riquezas de cunho estratégico a critério dos órgãos competentes (o Ministério da Defesa, o Conselho de Defesa Nacional) serão implementados independentemente de consulta a comunidades indígenas envolvidas e à Funai;

6 – A atuação das Forças Armadas da Polícia Federal na área indígena, no âmbito de suas atribuições, fica garantida e se dará independentemente de consulta a comunidades indígenas envolvidas e à Funai;

7 – O usufruto dos índios não impede a instalação pela União Federal de equipamentos públicos, redes de comunicação, estradas e vias de transporte, além de construções necessárias à prestação de serviços públicos pela União, especialmente os de saúde e de educação;

8 – O usufruto dos índios na área afetada por unidades de conservação fica sob a responsabilidade imediata do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade;

9 - O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade responderá pela administração da área de unidade de conservação, também afetada pela terra indígena, com a participação das comunidades indígenas da área, que deverão ser ouvidas, levando em conta os usos, as tradições e costumes dos indígenas, podendo, para tanto, contar com a consultoria da Funai;

10 - O trânsito de visitantes e pesquisadores não-índios deve ser admitido na área afetada à unidade de conservação nos horários e condições estipulados pelo Instituto Chico Mendes;

11 – Deve ser admitido o ingresso, o trânsito, a permanência de não-índios no restante da área da terra indígena, observadas as condições estabelecidas pela Funai;

12 – O ingresso, trânsito e a permanência de não-índios não pode ser objeto de cobrança de quaisquer tarifas ou quantias de qualquer natureza por parte das comunidades indígenas;

13 – A cobrança de tarifas ou quantias de qualquer natureza também não poderá incidir ou ser exigida em troca da utilização das estradas, equipamentos públicos, linhas de transmissão de energia ou de quaisquer outros equipamentos e instalações colocadas a serviço do público tenham sido excluídos expressamente da homologação ou não;

14 - As terras indígenas não poderão ser objeto de arrendamento ou de qualquer ato ou negócio jurídico, que restrinja o pleno exercício do usufruto e da posse direta pela comunidade jurídica;

15 – É vedada, nas terras indígenas, qualquer pessoa estranha aos grupos tribais ou comunidades indígenas a prática da caça, pesca ou coleta de frutas, assim como de atividade agropecuária extrativa;

16 - As terras sob ocupação e posse dos grupos e comunidades indígenas, o usufruto exclusivo das riquezas naturais e das utilidades existentes nas terras ocupadas, observado o disposto no artigo 49, XVI, e 231, parágrafo 3º, da Constituição da República, bem como a renda indígena, gozam de plena imunidade tributária, não cabendo a cobrança de quaisquer impostos taxas ou contribuições sobre uns e outros;

17 – É vedada a ampliação da terra indígena já demarcada;

18 – Os direitos dos índios relacionados as suas terras são imprescritíveis e estas são inalienáveis e indisponíveis.

19 – É assegurada a efetiva participação dos entes federativos em todas as etapas do processo de demarcação.

As informações sobre estas condições foram do site do STF (www.stf.jus.br)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Violência e corrupção: Qual a ligação?

A impunidade começa a amedrontar as pessoas e a cingir o comércio legal. Veja o exemplo da post deste blogger em 16 de Março de 2009, sob o título Cidade sem leis. Quem a leu e acompanhou os jornais a partir de então pode reconhecer, no jornal Amazônia de 18 de março, uma matéria que dizia que outro comerciante, desta vez na Doca, fechava o seu estabelecimento por causa de assaltos e da violência.

Dizia o comerciante que não dava para enfrentar os prejuízos causados pelos assaltos. Quem se prejudica mais ainda com isso são os trabalhadores. E a exemplo do que se vê na rasteira dos acontecimentos, os trabalhadores não fazem marcha contra a bandidagem, que se instala tanto no congresso quanto nas favelas e ruas das cidades. Isso me lembra uma história antiga:

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Bertold Brecht (1898-1956)

Lembra também uma parecida que venho a conhecer agora:

"Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores,
matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.

Maiakovski

E uma mais famosa, que todos devem conhecer, que corre solta na Internet, mas que poucos sabem a autoria:

Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar...

Martin Niemöller, 1933

Hoje saiu a sentença do monstro austríaco: Prisão perpétua. Seus crimes: Sequestro, violação, escravatura, incesto e também homicídio pela morte de uma das sete crianças que este cidadão austríaco teve com a própria filha, que manteve encarcerada durante 24 anos na cave da residência onde vivia. Ele assim se pronunciou diante do juri: "Eu lamento do fundo do meu coração. Não posso mais consertar isso". A procuradoria retornou ao juri e disse: "Não se deixem enganar como a filha deste foi, há 24 anos"...

Como a procuradoria da Austria, eu convoco aos brasileiros a não deixarem ser enganados. Pois que quem mais sofre somos nós mesmos. Assim como os trabalhadores da loja fechada na Doca, ainda mais nestes tempos de crise, precisamos brigar pela manutenção dos poucos empregos que ainda podemos ter.

Porfim, lembrando a história de Brecht, manifestemo-nos, afim de evitar que, não sendo negros, desempregados, miseráveis ou operários, nos levem pois que "não havia ninguém mais para levar"


JUSTIÇA!!!

Frases de Impacto II

Da série Frases de impacto. Esta, sobre a morte do deputado Clodovil Hernandez — que eu, sendo parte da equipe médica que cuidou do mesmo no momento derradeiro, teria esperado mais tempo para decretar seu falecimento apenas por acreditar na vida —, faz sentido falar em uma frase bastante forte do deputado. Será que ela vale? Ei-la:

“(Hoje em dia, as mulheres) trabalham deitadas e descansam em pé”

Em 2007, ao dizer que as mulheres tinham ficado muito ordinárias. Na ocasião, comprou briga com a bancada feminina da Câmara

quarta-feira, 18 de março de 2009

Uns com muito enquanto outros têm pouco

Chamou-me a atenção, hoje, de uma matéria exibida no JG sobre educação. Foram mostradas escolas no interior do Pará onde os alunos não recebem merenda algumas vezes. Soube agora que, enquanto isso ocorre para alguns, que estudam ainda em livros defasados (e a governadora gasta milhões em agendas escolares), outras escolas tem merenda para dar e vender. O exagero é tanto que se dão ao luxo de jogar merenda fora.

A fonte que me passou a notícia pediu para que eu não divulgasse. Porém, não compactuo com essa indiferença. Não posso ficar ao lado do exagero, enquanto pessoas deixam de frequentar a escola apenas porque sentem fome. Meu pai já dizia: "Saco vasio não para em pé". Como acreditar em um mundo melhor enquanto ainda há quem possa ser manipulado por outras pessoas assumidamente de má-fé?

Enquanto defendo a "igualdade" ao acesso do conhecimento, ou seja, as pessoas devem ter as mesmas chances de saber, sou absolutamente contra as ditaduras, que lutam exatamente pelo contrário, ou seja, apenas podem ter acesso ao conhecimento, na visão delas, elas mesmas.

Platão acreditava em um fim prático, moral, à sua filosofia. Este fim realiza-se, no entanto, intelectualmente, através da especulação, do conhecimento da ciência. Se eu acredito em uma coisa, devo experimentar aquilo com a finalidade de saber até que ponto eu estou certo. Ninguém tem o direito de me impor um provável erro que eu esteja cometendo. Se tenho a liberdade de pensar, logo posso ter o mundo, a menos que eu me permita estar errado depois de minhas observações.

Então, não posso crer que alguém possa ter o monopólio do ensino apenas por determinar que os alunos vão à escola ou não. Se eles têm acesso aos livros do conhecimento ou não. Tenho que entregar à eles os livros que eles necessitarem, com a verdade que todos possam ver. Não tenho o direito de negar-lhes a sapiência, a verdade. Não posso fazer isso sob pena de negar a vida, a luz. A luz da verdade. A centelha divina.

Nego aqueles que tem por medida disciplinar a negação da verdade. Porque não aceito a mentira como discurso. Mentiras são a negação da verdade, da luz. Não posso associar a verdade à Lúcifer, anjo de luz, apenas por isso. Embora haja a ligação, Lucifer é o mestre da mentira. A verdade é o fato, enquanto que a mentira é a enganação, deslisura, torpor.

Na negação do direito à alimentação, negam-lhe também a verdade, o conhecimento, negam-lhe Deus, por fim.

Alguém precisa mudar essa forma de tratar a educação.

Morre Clodovil Hernandez


Morreu, nesta terça-feira, o deputado do PR de São Paulo, Clodovil Hernandez. O velório será hoje, quarta-feira, na assembléia Legislativa de São Paulo. Para a vaga deixada por ele, assume o deputado paulista Jairo Paes Lira, do PTC.

Nada de novo na notícia para quem acompanha. Porém, novidade mesmo é o perfil do conservador Jairo. Com 35 anos de serviços prestados à PM, o ex-comandante do 3º Batalhão de Choque e do Policiamento Metropolitano da Capital confessa-se conservador e linha-dura.

Defende "filosoficamente" a pena de morte, que considera "um remédio social", abomina o aborto sob o argumento de que "a vida começa no momento da concepção" e posiciona-se contra a união civil entre homossexuais "uma vez que a Constituição é clara ao dizer que casamento é entre homem e mulher".

Dá para perceber que o deputado é justamente o oposto de Clô, assumidamente homossexual. Resta esperar para saber por onde vai parar o mandato iniciado pelo estilista.

PS: Eu quero ver como vai se sair o substituto do deputado Clodovil. Quem viver, verá!

terça-feira, 17 de março de 2009

Frases de impacto

Da série Frases de impacto esta é a primeira que escrevo. Faz tempo eu queria republicar ela, que li na primeira vez na revista Primeira Leitura — agradável, por sinal — que tinha em sua direção o senhor Reinaldo Azevedo. Credite-se a esta revista a antevisão da crise na Bolívia e Venezuela.

Rex illiteratus est quasi asinus coronatus
Um rei iletrado é como um asno coroado.
John of Salisbury ·

O Primeiro Pânico Americano

Rodrigo Constantino Do site Federalistas


“A história não se repete, mas com freqüência rima.” (Mark Twain)


A prosperidade que os Estados Unidos experimentaram na década de 1810 culminou numa grave crise econômica em 1819. Não obstante o fato de que nessa época a economia americana era bem mais simples que hoje, com forte predominância agrária, alguns paralelos podem ser úteis para se extrair algumas lições. Desta forma, o livro The Panic of 1819, de Murray Rothbard, que faz um relato minucioso dos acontecimentos e debates da época, representa uma interessante leitura.

Na fase pós-guerra Anglo-Americana, a economia apresentava forte desempenho. O aumento nos valores exportados e a expansão monetária e creditícia levaram a um boom nos preços de imóveis rurais e urbanos. A especulação na compra de terras públicas, com rápido crescimento do endividamento de fazendeiros, contribuíra para a prosperidade, mas iria cobrar um elevado preço em seguida. O próprio governo estimulara esta especulação, concedendo termos amigáveis para a compra de suas terras. Os gastos do governo federal com construção também jogaram mais lenha na fogueira, tendo aumentado vinte vezes entre 1816 e 1818.

Os bancos, sem a obrigação de pagar os saques em espécie, continuaram expandindo o crédito, enquanto suas notas bancárias continuaram se depreciando. O número de bancos tinha aumentado de 208 para 246 somente em 1815, e o valor das notas em circulação havia aumentado quase 50%. A criação de um Segundo Banco dos Estados Unidos serviu para expandir ainda mais o crédito, encorajado pelo Tesouro. O número de bancos chegou a quase 400 em 1818. A decisão do governo de tratar suas notas como equivalente a espécie era parte da causa disso. No meio desta bolha, a Bolsa de Nova Iorque foi criada, em 1817.

A inevitável contração foi precipitada em 1819, quando o governo deveria pagar boa parte da dívida assumida na compra de Louisiana. Como muitos credores eram estrangeiros, o pagamento deveria ser em espécie. O Banco dos Estados Unidos foi forçado a cortar a expansão vigente e tomar medidas deflacionárias. Uma onda de falências tomou conta do país. O pânico se alastrou, e a contração no crédito fez com que as vendas imobiliárias despencassem. A queda abrupta nos preços dos ativos aumentou o fardo para quem tinha tomado dívida em valores fixos, gerando um rastro de insolvência. Um fenômeno que depois iria se tornar comum nas crises surgiu nessa época: um desemprego em larga escala nas cidades.

O que Rothbard mostra no livro é o excelente nível de debates sobre a crise, suas causas e as receitas propostas. O federalismo ainda era uma realidade nos Estados Unidos, e muito dos debates se deu no âmbito dos estados. Figuras proeminentes, como Thomas Jefferson e John Adams, entre tantos outros, manifestaram-se através de artigos e discursos, com foco nos argumentos econômicos que iriam moldar as diferentes vertentes no país. Os principais temas eram: medidas de alívio para os devedores; o sistema monetário; os bancos; e as tarifas protecionistas. Nesses debates, muito do que iria constar nas principais doutrinas econômicas já se fazia presente. Inúmeros pensadores importantes condenaram a expansão do governo como solução para a crise, tanto com base em argumentos sobre a ineficiência desse caminho, como em sua imoralidade. Os excessos da irresponsabilidade deveriam ser pagos pelos próprios indivíduos, não jogados sobre o ombro dos pagadores de impostos.

De fato, os argumentos contrários às intervenções acabaram sendo vencedores na média, ainda que vários estados tenham adotado uma ou outra medida específica. Em 1821, a depressão começava a aliviar, e a economia já entrava em recuperação. O doloroso processo de liquidação das dívidas estava terminando, e os bancos sobreviventes podiam expandir o crédito novamente. Os preços em geral iniciaram uma trajetória de alta. As idéias pregadas por muitos na época pareciam vingar: o país precisava dar tempo para os ajustes necessários, que o equilíbrio seria naturalmente restaurado. Os indivíduos teriam que economizar e voltar a viver dentro de suas capacidades, e o trabalho árduo levaria ao aumento da produção. Não existiam milagres ou atalhos artificiais para enfrentar a realidade.

O governo não era o detentor de uma varinha mágica, capaz de emitir papel e estimular o crescimento econômico novamente. Não foram poucos os que apelaram para a solução expansionista, através da inflação. Os seus argumentos não diferem dos utilizados atualmente: a nação sofria uma escassez de dinheiro, os bancos não estavam em condições de emprestar, portanto, o governo deveria expandir a moeda mesmo sem conversão em espécie. Os devedores seriam aliviados, as taxas de juros cairiam, e a confiança seria restabelecida. Todos esses pontos receberam fortes críticas e contra-argumentos que, de certa forma, acabaram predominando.

Muitos aspectos do pânico de 1819 estão presentes na crise atual: a especulação imobiliária estimulada pelo próprio governo; a bolha de crédito criada pelos bancos; a deflação; etc. Infelizmente, o que mais mudou desde então foi a qualidade nos debates sobre as causas da crise e as receitas desejáveis. Atualmente, com a honrosa exceção de um grupo bem minoritário de liberais, quase todos assumem como certa a necessidade de intervenção do governo para solucionar os problemas, e defendem ainda uma política inflacionista irresponsável, hipotecando o futuro do país. Ninguém mais fala em deixar o curso natural das coisas levar ao equilíbrio novamente, ou em “sound money” no lugar de um banco central hiperativo na emissão de papel. O déficit público explosivo é visto como solução milagrosa para a depressão. Basta o governo assinar cheques sem lastro que tudo ficará bem. O protecionismo comercial vem ganhando força novamente. São os mesmos pontos de quase dois séculos atrás. Só que agora não há mais um debate verdadeiro, e sim uma “unanimidade” do lado expansionista. Acontece que, como dizia Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra”.

Alerta: Dengue tem cura?



Recebi esta receita de uma amiga, pela Internet, que versa sobre uma possível cura da Dengue. Eu não testei, tampouco sou médico para atestar o que afirma a carta. Mas partindo de quem partiu, posso acreditar que seja verdadeira a mensagem abaixo. Fica a cargo de cada um seguir a receita ou consultar um médico naturalista. Eu faria isso.


A expansão da dengue interessa aos laboratórios que vendem milhares de frascos de remédios inócuos por dia. Os governos municipais recebem somas vultosas para combater a doença, mas preferem aplicar em outras atividades. Por quê?

Todo esse desleixo tem contribuído para o surgimento de novos tipos de Dengue, sempre mais resistentes e letais. No Rio de Janeiro, os casos registrados oficialmente mais que dobraram em relação a 2007.

Médicos alopatas prescrevem receitas com Tylenol, enquanto falam aos pacientes que não existe cura para a doença. Não é verdade.

O cravo amarelo, conhecido popularmente como cravo de defunto, é barato e ecologicamente correto. Possui tons variados, chegando ao laranja, e suas folhas têm um cheiro inconfundível, que espanta o mosquito da Dengue.

O chá não tem cheiro nem gosto e os sintomas da doença (febre e dor) desaparecem em duas a três horas, normalmente.

Ajude a divulgar a cura da dengue pela medicina naturista. O nome cientifico do cravo amarelo é targetes erectus linn, que possui princípio antiviral eficaz contra o flaviviridae (vírus da dengue).

Em muitas cidades é possível encontrar essa planta em floriculturas, praças, canteiros de avenidas e jardins. Também é comum encontrar nos quintais de casas da periferia. Em lojas especializadas, pode-se comprar sementes para plantar. Com o chá, em curto espaço de tempo, o dengoso não terá mais febre, dores em todo corpo, ânsia de vômito, etc, e não transmitirá o vírus para outras pessoas.

O chá pode ser tomado puro ou adoçado. O paracetamol pode ser tomado juntamente com o chá para aliviar a febre e as dores, imediatamente.

Outros nomes populares: botões-de-solteirão, cravo, cravo-francês, rosa-da-índia, tagetes e tagetes-anão. French marigold (inglês), clavel de índias (espanhol), marigold (francês), tagete (italiano).

Constituintes químicos: carotenóides, cineol, linalol, carvona, ocimeno, dextra-limoneno, fenol, anetol, eugenol, quercetagetina.

Propriedades medicinais: analgésica, aperitiva, antiespasmódica, anti-reumática, antitussígena, imunoestimulante, laxativa, peitoral, pesticida natural, purgativa, sudorífera, vermífuga.

Indicações: acne, aliviar problemas pancreáticos e de ouvido, angina, aumentar a resistência imunológica, autismo, bronquite, cólicas uterinas, crianças com deficiência mental, espantar insetos (pulgões, formigas, pernilongos), espasmo, furúnculo, dores reumáticas, melhorar o apetite, prisão de ventre, problemas de aprendizagem, resfriado, reumatismo, sudorífico, tosse, vermes e DENGUE.

Obs.: usado como floral: em choques emocionais, traumas, mágoas, debilidades sensoriais.

Parte utilizada: folhas, flores.

Contra-indicações/cuidados: não há registro.

Efeitos colaterais: não há registro.

Modo de usar para dengue: faça um chá, fervendo durante dois minutos cerca de 20 galhos em meio litro d´água. Tome morno, um copo pequeno (não tem gosto algum), a cada hora.

Brasil está se tornando inviável

É a conclusão a que chega um estarrecedor estudo da Embrapa Monitoramento por Satélite, responsável pelos dados acima, apresentados bioma por bioma, estado por estado, demanda por demanda, preparado pelo competente professor Evaristo de Miranda e sua equipe.

D
ado também extremamente
preocupante: o caso do cerrado


A PEC 150/95 que tramita há mais de 10 anos na Câmara tem como autor o deputado Pedro Wilson (PT – GO) – define o cerrado como patrimônio nacional. Ora, o cerrado não é um bioma pequeno. Veja sua extensão. Vem aí mais uma série de restrições à atividade agropecuária. Os dados são do WWF (World Wildlife Found)


E tem mais. Essa PEC inclui também a Caatinga como patrimônio nacional.



Grito de Alerta

Vamos nos dirigir a nossos Congressistas, fazendo um apelo para que se movam o quanto antes e por todos os meios possíveis, pela conservação do Brasil. Antes que seja tarde demais!
Clique aqui E participe do envio de mensagens aos membros do Congresso Nacional. Convide sua lista de e-mails, vizinhos, parentes e amigos para que façam o mesmo.

O Brasil precisa de lutadores para vencer os desmandos e levar riqueza a todos!

É proibido produzir

O Brasil engessado e coletivizado

Nos últimas 15 anos, um número significativo de áreas rurais foram destinadas à preservação e proteção ambiental e ao uso territorial exclusivo, sob regime coletivizado, de minorias como sem-terra, índios e quilombolas. Corresponde a 76% do território nacional. O resto, como cidades, indústrias, o agronegócio, tem que caber nos restantes 24%.

A quem interessa resolver o problema?

Cidade sem leis

Eu postei ontem, pela manhã, um comentário sobre a violência que assola a cidade. Pois bem. Hoje à noite fui comer um lanche na Doca, com minha noiva, e qual não foi a minha surpresa ao ver uma faixa negra em frente à uma loja na esquina da Antônio Barreto com a Almirante Wandenkolk, Malawy, onde se podia ler em letras garrafais:

Fechado pela Violência. 2 assaltos em 3 meses.


Os bandidos parecem iniciar a mesma trajetória que marca os cariocas, onde o tráfico determina a abertura e fechamento das lojas no centro comercial da capital fluminense. E aqui vai fazendo escola, seguindo os passos dos mestres do sul, concorrendo para aumentar o desemprego, já abalado com a crise financeira que derruba milhões de empregos em todos os cantos do mundo.

Mais uma vez perguntamos às autoridades: "Quem é que vai pagar por isso?". Sim, porque as pessoas, quanto mais vão perdendo seus empregos, mais tem a necessidade de recorrer ao Governo para terem suas dívidas quitadas, ou, no mínimo, uma ajuda para sanar suas perdas. Depois, de onde o governo vai tirar dinheiro para se sustentar, se os empregos estão acabando?

Está mais que na hora de tirar a venda dos olhos, arregaçar as mangas e fazer valer a lei. Afinal, o que eleva os índices de violência é exatamente a injustiça. Quando as pessoas têm a sensação de que a impunidade impera, acham que jamais serão apenadas quaisquer sejam os crimes cometidos. Afinal, como diria Rui Barbosa, "De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem sente vergonha de ser honesto"

Rezemos para que não se veja mais faixas e/ou cartazes como este em loja nenhuma em Belém. E que os homens de bem não precisem mais apelar para a violência.

Faça-se a Justiça! Afinal, ela sempre cabe no nosso dia-a-dia.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Sem leis?

A cidade vive um clima pesado por causa da falta do cumprimento das leis. Neste final de semana, taxistas saíram à caça de um assassino, pleiteando justiça com as próprias mãos, depois de receberem a notícia de que um taxista teria sido morto em um assalto na ocupação da Adecelpa.

O que causa a revolta? A morte de um trabalhador, vitimado no cumprimento do labor, de forma vil e torpe. Um tiro em sua cabeça selou o seu destino, ceifando sua vida.

O que farão as autoridades a respeito? Nada, mais uma vez?

Assim iremos voltar à idade média, à lei de Talião. É ela que vive hoje, que faz valer a justiça. E não é isso o que Deus quer!!!

Caíca livre, responde a processo penal

E o caíca, hein?

Caíca, o irmão da governadora acusado de participar de molestar sexualmente uma menina de 13 anos, passou finalmente à condição de Réu. A decisão foi do Juíz Paulo Jussara, acatando denúncia do Ministério Público Estadual. A autoridade jurídica negou, entretanto, o pedido para prender o acusado por entender que ele não apresentava riscos à suposta vítima ou ao bom andamento do processo. Além disso, possui "endereço conhecido, residindo no distrito da culpa, laços familiares nesta cidade e atividade laboral lícita". As informações são do "Jornal O Liberal", caderno de Polícia.

Que feio hein, Caíca... Outro dia estive eu pensando: "Belém é uma cidade em que a imensa maioria de suas mulheres são muito bonitas — e elas estão solteiras e carentes. Essas mesmas mulheres que afirmo estarem solteiras tem mais de 21 anos. Porquê será, então, que ainda existem homens que preferem outros homens?"

Bom, ainda que esta questão não tenha ligação com o caso do irmão da governadora, no meu entender há, sim, uma questão por detrás dela. O mesmo código que diz que homem deve ter uma mulher também reza que apenas as relações lícitas devem ser aceitas. Melhor dizendo, apenas quando uma mulher aceitar um homem em comum acordo se terá uma relação lícita.

Então, como aceitar um homem, de idade avançada, ter relações com uma criança de apenas 13 anos? Porque é essa a relação que se julga no momento, que tem por réu o irmão da governadora, João Carlos de Vasconcelos Carepa.

Justiça seja feita, afinal!

Quem quer dinheiro?

Da série sonhos vem a notícia de que ninguém acertou o grande prêmio de uma loteria européia, semelhante à nossa Megasena. O concurso se diferencia do nosso por ter apenas 5 números mas com uma combinação de duas "estrelas".

Pergunta que não quer calar: O que você faria com 27 milhões de Euros — isso equivale, na cotação de hoje, a R$ 2,945? Apenas para efeito de comparação: O maior prêmio já pago pela Megasena no Brasil foi de R$ 64 milhões. O prêmio da euromilhões, se convertido para Real, totaliza impressionantes R$ 79.515.000,00.

Se debitarmos dessa conta a alta carga tributária que temos aqui no Brasil em comparação à européia, então teremos muito mais que esse dinheiro por lá

As informações são do Euromilhões, em 13 de março de 2009.

sábado, 14 de março de 2009

Nota sobre o "piloto"

Esta é apenas para constar: O "piloto" que tomou de assalto uma aeronave em Goiânia e acabou por ceifar a vida de sua filha, além de sua própria, estava sendo procurado por ter estuprado uma menor, de 13 anos, antes de ter cometido a sandice de roubar a aeronave. Quando este adentrou o veículo e rendeu o piloto, perguntou se o mesmo "não queria morrer". Alguns — eu, inclusive — acham que o crime foi premeditado.

Luz para todos!

Problemas de iluminação pública existem em toda a Belém, nos mais diversos cantos. Pelos mais diversos casos. Mas alguns são mais graves que outros. Veja, por exemplo, o da avenida Doutor Freitas. Na parte que se encontra entre a avenida Pedro Miranda e Duque de Caxias, a iluminação é, no mínimo, insuficiente. Temos casos piores? SIM. A extensão da 25 de Setembro é uma escuridão só. Na Barão do Triunfo, o mesmo problema. Aliás, eu mesmo já relatei isso aqui. E na 14 de Março entra Diogo Moia e Antônio Barreto, então, é palco propício para assaltos. Aliás, em todos esses endereços vemos palco para assaltos.

Enquanto esperamos as soluções por parte das autoridades, só vamos escrevendo as reclamações - e torcendo para que alguma autoridade leia isto, corrigindo os problemas mais inquietantes da sociedade paraense. Se bem que este é bastante simples, de fácil solução.

Alô, alô, Duciomar e Ana Júlia!

Dia de azar ou dia normal?

Ou os efeitos da Numerologia sobre as pessoas

Ontem foi Sexta-feira 13. Alguém ai teve má sorte ou o seu dia 13 transpassou como qualquer outro dia normal? Se você teve uma sexta-feira 13 como a minha, ou seja, um dia normal, saiba que, em algumas culturas, o 13 é um número tão demonizado que as pessoas usam de artifícios para disfarçá-lo.

Quem trabalha com arte sabe o que eu estou dizendo. A empresa canadense Corel batizou sua penúltima criação com um desses artifícios. Depois, para não parecer superstição, continuou no seu produto subsequente.

O Corel seguia sua vida normalmente, com uma numeração que vinha pelos números romanos convencionais quando, de repente, para abolir o número cabalístico, adoratam o numeral X3. Ora, o artifício consistiu de nada menos que o algarismo romano X seguido do numeral 3. Na versão posterior, ficou X4.

Todo mundo sabe que os americanos tem um problema com o numeral 13. em muitos prédios, o 13 andar simplesmente não existe. Reportagem de ontem do Globo Repórter mostrou que em alguns locais, mesmo no Brasil, o 13 pode ser subtraído dos elevadores. A Bahia é um dos estados em que a população parece subtrair o algarismo de sua contagem.

Em outros locais, ao contrário, o 13 é venerado. Em Brasília, o prédio da Caixa Econômica Federal, intituição responsável pelos jogos de azar oficiais, o 13 andar é onde fica concentrado a operação dos jogos de azar. O interessante é que ninguém se importa com isso por lá. Pelo menos não parece. Você sabia que o 13 é o número que mais saiu na Megasena?

Mas, sorte à parte, ainda não sei o que pensar sobre isso. O fato de que algumas pessoas considerarem o numeral como de sorte ou azar, como bem pondera a psicologia, é algo que surge de dentro de nossas cabeças. Para aqueles que pensam com os outros, é bom lembrar que não vale ter um supercarro se não se sabe pilotar. E o fato de o numeral deixar de ser mencionado não vai mudar o sua intrinseca ligação ao "jeito" que se dá para esconder o numero. Ainda que se escondam ele, ainda assim estará ali, por trás da placa que houver para cobrir o 13.

Mas às vezes não bastam argumentos para tentar mostrar que as pessoas estão erradas em pensar que não adianta nada esconder o 13 por causa da numerologia. Até porque se for apenas por azar, no Japão o numeral que traz má sorte é o 4, que nada mais é que a soma entre o numero 1 e o 3. E, numerologicamente, o número do azar é o 5, que representa mudança. O número 4 representa estabilidade!

A grande pergunta que eu me faço é: Sabendo disso, o que as pessoas farão com os numerais 5, o 4 e o 13? Eu mesmo não vou alterar minha vida por causa dessas coincidências.

Música da melhor qualidade

O Blog Picolé de pupunha, do meu amigo Arthur Almeida, está bombando quando o assunto é música de boa qualidade. Está certo que eu não entendo muito de música, aliás eu ouço pouca coisa de qualidade ultimamente. O grito das ruas não me deixa mentir: Bregas e forrós se apresentam aos meus ouvidos, numa mescla de baixa qualidade e igual gosto. Meu gosto é mais refinado. Pede mais Rock, Jazz, Blues. O best of the best é o Chopin, dos Noturnos. Vocês podem ouvir uma palinha aqui

O meu amigo é gente boa. Se vocês querem curtir a sua nova contribuição com este blog, cliquem abaixo e se divirtam. Ah, eu resolvi postar de novo todos os links que ele dedicou a este blog na página dele.


Keane
>>
Everybodys-Changing
>> Somewhere-only-we-know
>> Bend-and-break

Radiohead
>> high and dry
>> no surprises
>> fake plastic trees

Bjork
>> It’s oh so quiet

Choppin (Youtube) *****
>> Noturno - op20 in c sharp minor
>> Noturno - Op. 9 No. 2
>> Noturno - 8 Op. 27 nº 2
>> Etude Op. 10 no. 3 "tristesse"

sexta-feira, 13 de março de 2009

Lembranças

Palavras, palavras que embalam o que um dia já foi verbo e hoje é apenas adjetivo. Bonito, calmo, sóbrio... Elas apenas enfeitam a minha janela, quando vejo o passar do tempo e o ruido do vento atravessando a fresta para me dizer que mais um dia se vai e outro vem vindo.

Lembranças... A memória anda carregada delas. O disco rígido, meio doido com esse vírus esquisito que se instala na máquina de tempos em tempos, tenta produzir alguma coisa e... NADA. O teclado pifa de tanto tleck, tleck... E haja caneta e papel para botar para fora essas sensações de que eu vivo me prendendo... Viagens...

Faço uma inspeção de segurança para saber se tudo está legal. Descubro que tem algo faltando. As pessoas mais antigas que afagaram os cabelos da vida de outrora de criança já não estão mais presentes. Tento esquecer que a vida leva e traz certas pessoas sempre e,... Não consigo. Bate uma saudade danada... Choro... As lágrimas me lavam o rosto. Eu juro que tudo passa... Mas que coisa?!

Deve ser coisa de momento. Preciso me acautelar de certas pessoas que me afeiçoo e acho que elas jamais poderão (ou deverão) sair de perto de mim, mas nem sempre há o mesmo plano para tudo. Vinícius vem e me diz que os encontros são todos desencontrados mesmo. E viver se aprende vivendo!

Quem sabe o próximo trem. Será que ele traz uma banda que toque uma música alegre que me afaste a tristesa? É meio confuso, pois eu não sei se isso é só um sonho (ah, eu vivo tendo esses sonhos) ou se eu estou acordado mesmo. Que coisa mesmo!

Vou pedir, quem sabe, de presente uma foto velha, para manter todos sempre bem perto de mim. Sabe-se lá eu ganhe uma máquina do tempo e possa voltar ao passado para ter mais tempo com aquelas pessoas que eu tanto tenho vontade de reencontrar. Espero que sim!

Ouço o barulho do trem. "Trucktruck, trucktruck, trucktruck, trucktruck... Treleco, treleco, treleco treleco". Será que eu estou dentro de um trem de memórias da minha vida? Pode ser que eu já esteja dentro do vagão da saudade na máquina do tempo que eu pedi. Agora mesmo passa um filme da minha vida inteira. Que sofrimento... Minha melancolia só aumenta...

Ainda lembro do futebol no campinho, lá em Brasília. Lembro da bicicleta, da rampa de skate. Das mangas verdes que furtávamos... Do jogo de béti, atrás do bloco D. E do dia em que ganhamos uma porção de bolas de tênis de um senhor de idade que morava no prédio em frente? Mais futebol, figurinhas, que colávamos nas fichas de cerveja com cera de vela. Os bate-bolas...

"Maquinista, quero descer na próxima estação, por favor". Preciso chegar em casa para ver se estou mesmo acordado ou se sonhei alto. E quero parar de sofrer com essas lembranças que não voltam mais.

Ah vida... Quisera eu fosse assim tão simples relembrar...

Falta de higiene

A julgar pelo que as imagens falam, nem seria necessário eu publicar nada nesta página aqui. Porém, pelo dever cívico de fiscalizar o que se fazem com o dinheiro dos impostos que eu pago, diga-se de passagem, faço questão de publicar esta nota neste blog. A despeito de ele não ser tão lido assim, quem sabe eu não dou uma de bem-te-vi, não é mesmo, e consigo uma atençãozinha do nosso prefeito Duciomar Costa — ou então da governadora Ana Júlia

Quem trafega ou circula (melhor circula, pois os carros não se sentem incomodados pelo entulho da calçada) pela avenida Gentil Bittencourt, nas imediações do colégio Augusto Meira, na esquina da José Bonifácio, se depara com um monturo de lixo abominável. Trata-se de falta de manutenção da PMB que, no seu dever diário de manter limpa a urbe, foge de sua missão prioritária e aplica as verbas em obras mais vistosas, contribuindo apenas para "inglês ver".

Sabe-se que o Prefeito enfrenta problemas de ordem jurídica na administração municipal, com a finalidade de abrir a Vinte e Cinco, para o fluxo de tráfego em prejuízo dos poucos narcisos que residem pelas imediações. Porém, isso não justifica que a coleta de lixo não passe por aquela área em específico, pois que ali funciona uma Seduc, onde alguns ainda recorrem para apanhar seus respectivos diplomas, encontrando pelo caminho ratos mortos (ou vivos, quem sabe?), restos putrefatos de animais e o produto da sujeira dos seus iguais, além de folhas secas e outros restos. Isso sem contar com o desajuste nas calçadas, o que obriga os pedestres a andar pelo meio-fio, concorrendo para serem atingidos por algum carro que transite pelo horário.

Agora outra coisa que vinga bastante por aquele local é um vasto número de desocupados, que usa a falta de iluminação para apanhar alguns incautos e lhes surrupiar o produto de seu suor diário para que os meliantes, verdadeiros donos da área, possam trocar tais produtos por alguma quantidade de maconha ou cocaína, armas, enfim, alguma bugiganga que possa enfeitar ainda mais o seu arsenal de ameaças contra a população.

Esta reclamação vai endereçada tanto ao prefeito Duciomar Costa quanto à governadora Ana Júlia Carepa. Vocês bem que poderiam verificar in loco a situação do local e providenciar as melhoras que a população tanto reclama...

PS: Ainda não coloquei a foto do crime pela minha completa falta de atenção, pois que não levei a máquina e não pude tirar a foto do local para mostrar a vocês. Mas prometo que isso não tarda para ocorrer. Melhor dizendo, este final de semana. Prometo!

Falta de higiene II

Uma barraca de comida (lanche) da imediação do Diário do Pará, na rua x foi o palco da bronca deste poster hoje pela manhã, quando me dirigia à Junta do Serviço Militar do excército, no shopping popular, aquele mesmo construído no final da administração do sr. Edmilson Rodrigues. Aliás, naquele shopping pouco se salvaria da vigilância sanitária de tão imundo o prédio.

Após descobrir que pela manhã não se atende quem vai interessado em receber documentos que tenham sido expedidos, mesmo com antecipação, resolvi me encaminhar para casa, pois se resolvesse esperar, teria enfrentado um "chá de cadeira", das 9h às 11h. Como não estava motorizado, fui em direção à parada do ônibus, em frente ao batalhão do outro lado da rua, em frente ao prédio do Diário. Ali, resolvi enfrentar um desses completos que se vendem pelas esquinas. A demora no atendimento já foi um mal sinal que se confirmaria à frente.

Logo, eu receberia um pastel e esperaria pelo suco. Sem ter tomado café ao sair de casa, passei a mordiscar a massa. Quando o meu suco chegou, havia algo semelhante a uma bunda de formiga ou um fundo de barata no copo. Não tive dúvidas em recusar o copo do refresco na mesma hora, despejando-o no pé da árvore que estava à minha frente. Ainda que fosse o artrópode, ele mesmo pode ter digerido o inseto. E estaria configurada a imundície.

Quem se habilita ao suco de barata?

Louvando a Deus em meio à prova

Bendirei o Senhor em todo o tempo,
o Seu louvor estará sempre nos meus lábios.
Salmo 34:1


Davi fugia do rei Saul, que queria matá-lo, e buscou refúgio com o rei filisteu, Aquis. Esse rei logo o mandou embora também, quando descobriu que Davi tinha matado Golias, o gigante filisteu. De lá, Davi escondeu-se numa caverna perto de Adulão. Durante sua estada naquela triste caverna, Davi escreveu um cântico para Deus, louvando-O em meio às provações.

Eu me encontrava nas profundezas de um problema financeiro quando li e estudei o Salmo 34. Por dois anos, o diabo atacou minhas finanças. Meus projetos comerciais revelavam perdas. As reservas se esgotaram. As crianças precisavam ir para a escola, mas não havia dinheiro. Dívidas precisavam ser pagas, mas não havia dinheiro. Todo projeto comercial no qual eu colocava a mão, fracassava. Parecia que uma maldição fora lançada sobre mim, sobre meu negócio e sobre meu lar. Minha fé em Deus estava fraca; uma atitude irritadiça me dominou e a dúvida cresceu.

Enquanto estudava o Salmo 34, entendi que Davi havia tomado a decisão de louvar a Deus o tempo todo e em todas as circunstâncias – quando as coisas iam bem, e quando não iam bem. Davi louvou a Deus quando estava na caverna do isolamento e da consternação, não quando se encontrava no palácio.

Assim, tomei também a decisão de louvar a Deus em meio ao meu problema financeiro. Foi muito difícil louvar a Deus com o estômago vazio e com uma conta bancária vazia, mas algo começou a acontecer enquanto eu prosseguia louvando ao Senhor em meio à prova. O peso começou a erguer-se lentamente do meu coração aflito, como se Alguém me ajudasse a carregar o fardo financeiro. A nuvem negra sobre meu coração começou a dissipar-se. Continuei a louvar ao Senhor, e minha fé nEle se reavivou, à medida que meu foco se transferia do problema para Deus. Entendi que Deus era meu provedor – Ele é o proprietário de tudo no Céu e na Terra – e meu problema era pequeno, comparado ao meu Deus.

Depois de um mês louvando a Deus continuamente por meus problemas fiscais, as portas financeiras começaram a abrir-se, uma a uma. O negócio começou a tomar impulso, lenta, mas firmemente. Novos projetos lucrativos surgiram, e minha situação começou a melhorar. Hoje ando novamente com as próprias pernas, e louvo ao Senhor ainda mais!

Escrito por Conisia Anthony


Você ainda não pensou em louvar ao pai, principalmente nestes tempos de cólera financeira? Você sabe que tudo sempre pode estar mais difícil do que realmente está. E que às vezes é Deus quem faz você sentir vontade de se aproximar dele? Porque ele sabe que se você se afastar, você sofrerá. Então ele simplesmente traz você para o seu lado — e você logo se alegra disso!

Eu tenho uma história para dividir com todos vocês. Em nenhum momento ela é parte de uma anedota ou de algo que eu queira inventar apenas para diverti-los. Ou para tentar emocioná-los. Mas creio que alguns leitores vão se enrubescer e lacrimejar, pensando nessa ação de minha vida como que houvesse acontecido na destes. O momento não importa, pois que pode acontecer mesmo agora, digitando esta epístola à vocês. A partir de agora, o crédito é meu.

Eu, assim como muitos de vocês, também tenho meus momentos de tristesa e solidão. Tenho meus momentos em que me encontro sem respostas para alguns problemas que encontro cotidianamente. E isso me enfraquece, principalmente o espírito. Então eu recorro às minhas "magias", as orações que faço em meu proveito e em proveito do próximo. SEMPRE.

Outro dia mesmo eu estava num destes dias. Estava com um problema e precisava de dinheiro para solucioná-lo. Não sabia o que fazer, afinal dinheiro não cai do céu. Mas eu fui perseverante e pedi que Deus intercedesse por mim.

Muito tempo atrás eu pensei sobre uma coisa muito interessante: FÉ. Poucos são os que sabem exatamente que a Fé "é a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que este algo seja verdade, pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou alguém." O próprio Jesus afirma que a Fá remove montanhas, ou seja obstáculos são nada para aquele que tem fé. Então, posso afirmar que, neste dia, minha fé era igual ou maior que um grão de mostarda.

Algum tempo depois de pedida a intercessão aos Céus, eis que recebo alguma resposta às minhas súplicas: É o sinal da aliança dos Céus. É o sinal de que Jesus estava realmente certo, de que as barreiras não são intransponíveis quando temos fé! E cada vez mais que a minha vida vai melhorando por causa do pedido atendido, mais eu me sinto feliz por ser um filho amado do Senhor!

Então meu problema já não existe mais. Deus interviu porque eu lhe supliquei ajuda. Claro que eu também não vou pedir "Dê-me um milhão de reais". Ele sabe quem são as pessoas verdadeiramente merecedoras de seu auxílio e atende aos verdadeiros pedidos. Aqueles feitos com o coração, com amor, fé!

Você já fez o seu pedido para Deus? Fale com ele e ele lhe escutará!