terça-feira, 17 de março de 2009

Cidade sem leis

Eu postei ontem, pela manhã, um comentário sobre a violência que assola a cidade. Pois bem. Hoje à noite fui comer um lanche na Doca, com minha noiva, e qual não foi a minha surpresa ao ver uma faixa negra em frente à uma loja na esquina da Antônio Barreto com a Almirante Wandenkolk, Malawy, onde se podia ler em letras garrafais:

Fechado pela Violência. 2 assaltos em 3 meses.


Os bandidos parecem iniciar a mesma trajetória que marca os cariocas, onde o tráfico determina a abertura e fechamento das lojas no centro comercial da capital fluminense. E aqui vai fazendo escola, seguindo os passos dos mestres do sul, concorrendo para aumentar o desemprego, já abalado com a crise financeira que derruba milhões de empregos em todos os cantos do mundo.

Mais uma vez perguntamos às autoridades: "Quem é que vai pagar por isso?". Sim, porque as pessoas, quanto mais vão perdendo seus empregos, mais tem a necessidade de recorrer ao Governo para terem suas dívidas quitadas, ou, no mínimo, uma ajuda para sanar suas perdas. Depois, de onde o governo vai tirar dinheiro para se sustentar, se os empregos estão acabando?

Está mais que na hora de tirar a venda dos olhos, arregaçar as mangas e fazer valer a lei. Afinal, o que eleva os índices de violência é exatamente a injustiça. Quando as pessoas têm a sensação de que a impunidade impera, acham que jamais serão apenadas quaisquer sejam os crimes cometidos. Afinal, como diria Rui Barbosa, "De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem sente vergonha de ser honesto"

Rezemos para que não se veja mais faixas e/ou cartazes como este em loja nenhuma em Belém. E que os homens de bem não precisem mais apelar para a violência.

Faça-se a Justiça! Afinal, ela sempre cabe no nosso dia-a-dia.

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