sexta-feira, 27 de março de 2009

Crise no Congresso Nacional

Foi escabroso o escândalo que abalou a oposição, deflagrado pela PF nos últimos dois dias. Nomes já tarimbados se encontram no imbróglio. E já não assustam mais ninguém pelo tirocínio que se tem das pessoas que estão na lista. Caso de Jáder Barbalho, que teria recebido da Camargo Corrêa R$ 300.000,00. Outros parlamentares também se encontram na lista, mas nem por isso de menor valor. O Deputado afirmou que recebeu R$ 300 mil, mas "tudo dentro da lei"

O partido que levou mais dinheiro, segundo consta na Folha de ontem, pela operação foi o Democratas, que, segundo recibo repassado à publicação, de R$ 300 mil, tudo devidamente registrado conforme manda a lei. O PSDB, o outro partido citado, na pessoa do senador Flexa Ribeiro, teria recebido R$ 200 mil, em duas parcelas de R$ 100. Há ainda outros nomes e agremiações, mas estes são os mais relevantes, por enquanto, para nós.

Os jornais de hoje dão pelo menos uma sombra em que paira a dúvida de que o ex-governador e presidente do partido tenha recebido valor não lícito. E não falo aqui do Jornal O Liberal, que mantém rixa com o líder do partido da base aliada do governo no congresso. Vem da própria PF. No Bom Dia Brasil de hoje, afirma que o dinheiro fora acertado "por fora".

Os números ainda surpeendem por mostrarem quem, por exemplo acha que é só a oposição que recebe dinheiro graúdo das construtoras: Na campanha de 2002, Lula recebeu, da mesma Camargo Corrêa, 4 milhões de reais para movimentar a sua campanha. Ela também é responsável por obras do PAC. A operação "paralela" da Camargo já dá seus primeiros sinais negativos: As ações já caem pouco mais de 1%

Na sede da construtora aparecem papéis comprometedores, porém, ela alega que não há a necessidade de prender ninguém. Em nota na edição de ontem da Folha de São Paulo, em anúncio na capa do jornal, anunciou "perplexidade diante dos fatos ocorridos", ressaltando que cumpre rigorosamente com todas as suas obrigações legais.

Pelo andar da carruagem, esta crise no Congresso ainda vai vitimar muita gente. O problema é saber se apenas os culpados serão punidos, diferente da operação que vitimou o caseiro Francenildo, em Brasília, quando enfrentou o ex-ministro da fazenda, Antônio Palocci. Não dá mais para ver o governo se envolvendo para punir os inocentes visando sua própria segurança.

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