quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Falta coragem para mudar!


Li estes dias a entrevista que o Senador pernambucano Jarbas Vasconcelos deu à revista Veja. E posso notar que ele é mais um dos que abandonarão a política para se enclausurar no esquecimento enquanto outros incautos nos furtam cotidianamente. Nem sei o que pensar a respeito disto, mas fato é que estamos ficando sem armas para nos defender das imundícies do planalto.

Jarbas Vasconcelos, 66, senador pelo PMDB de Pernambuco e um de seus fundadores, foi um dos que mais lutaram contra o regime militar autoritário que vigorou no país pelo fim dos anos 60. Naquela época, afirma, "o general Médici era endeusado no Nordeste" mas "ninguém desistiu de combater a ditadura por isso". O texto parece coeso, mostrando que os culpados deveriam adornar as fileiras da prisão ao invés de figurar no Senado Federal. O lance que mais dói é quando o seu partido, em nota, afirma: "Em face da entrevista do senador Jarbas Vasconcelos, a Comissão Executiva Nacional [sic] declara que não dará maior atenção à ela em razão da generalidade das alegações"

Como uma pessoa pode aceitar que declarações do tipo "Sarney vai transformar o Senado em um grande Maranhão" e "ele não tem nenhuma condição moral ou política para ser senador, quanto mais para liderar qualquer partido", referindo-se à Renan Calheiros, seja uma declaração genérica? Estas foram declarações específicas, pois apontam um autor, um culpado. E o mais forte que conseguem produzir oficialmente é essa nota... Leiam o que diz, por exemplo, Michel Temer, presidente do partido e da Câmara: "Para nós, esse assunto não vai adiante pela fragilidade das informações". Já Sarney, presidente do Senado e do Congresso, "Eu não tenho nenhum comentário a fazer. O presidente não pode diminuir [sic] o debate dentro do Senado. Ele devia apresentar os nomes dos corruptos".

Quem lê a edição 2101 da revista Veja (desta semana), consegue ver a que ponto chega o patrimônio de um parlamentar inscrito no PMDB. Para quem sonha em enriquecer, pode apostar, nem precisa de megasena: Newton Cardoso, por exemplo, fez, em 37 anos, sua fortuna saltar de módicos R$ 4,9 milhões para impressionantes R$ 3 bi. Sabem quanto tempo se levaria para chegar a esta fortuna ganhando salário mínimo? 6.451.612 MESES!!! Simplificando um pouco mais essas contas, poderíamos chegar com um salário de R$ 1000 a esta fortuna em impressionantes 3 milhões de meses. Isso dá uns 250 mil anos... Eu não viveria o suficiente... Aliás, eu teria que economizar essa riqueza toda e pedir para que 25 mil gerações da minha família fizessem o mesmo para, ai sim, chegar neste valor.

O que ainda posso pensar da atitude de Jarbas é que ele deve estar cansado. Ou enxergar uma luta sem louros, onde ele simplesmente não se logrará vencedor — o que não beneficia os brasileiros.

Porém, o que ainda precisamos entender é que a culpa pelo nosso estado letárgico contra os escândalos recentes de corrupção que assolam o país não é de responsabilidade única e exclusiva de Jarbas ou de outro político que tenha boas intenções. A culpa é do povo, afinal, ele dispõe dos meios legais para empossar e removar do poder aqueles que usam da sua boa-fé para lhes surrupiar o dinheiro investido com impostos — impostos estes que, aliás, beiram o trilhão de Reais, se não superá-los. Se você não sabe, o seu imposto paga todas as mordomias dos políticos e não sobra nada para você no final de semana. Porém, para eles, não pode faltar.

Infelizmente Jarbas pode não estar na próxima legislatura do congresso. Pelo que pude entender de suas palavras, ele fará falta. Quem não fará, caso não se reeleja, são Jáder Barbalho, Lula, Renan Calheiros, Ana Júlia, Romero Jucá, Wellington Salgado, Newton Cardoso, Joaquim roriz, Edson Lobão e seu filho, ...

Precisamos excercer nossas escolhas com maior critério. Onde iremos acabar caso não acabemos com essas gandaias, farras, patuscadas, balbúrdias com nosso dinheiro. Não precisamos de bandidos para lidar com o nosso dinheiro no Congresso. Gastamos dinheiro demais com eles nas ruas. No congresso, melhor não!

Vamos mudar a nossa cara de babaca, palhaço ou qualquer coisa que soe engraçada. Os legisladores, executores ou juízes precisam eles mesmos saberem que ética precisa ser praticada antes mesmo que se tornem homens públicos e, tornando-se assim, as pessoas abram mão de seus sigilos. Ética, afinal, não é apenas uma palavrinha bonita...

Limpeza ética no Congresso, já!
Mudar para não morrer!


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Para pesquisar:
http://www.impostometro.org.br
http://veja.abril.com.br


PS: que isso não signifique mudança para o socialismo, que é o que há de pior!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

JUSTIÇA SIGNIFICA VERDADE

Para você, leitor, o que é "Justiça"?

Vejo a justiça como a aplicação da punição aos culpados e a absolvição aos inocentes. Se você for um pouco vivo, saberá que, por esta lógica, Justiça deve ser a aplicação da lei de maneira a promovê-la. Numa aplicação mais profunda, eu diria que "aos justos lhe será dada. Por estes será feita".

Pois bem, onde está a justiça em emprestar um dinheiro que não lhe pertence e permanecer sem pagar esse credor? Até onde esperar que não haja a punição devida para esse tipo de delito? O que fazer ou a quem recorrer quando você está do lado do injustiçado?

Meus amigos, eu vivo um momento desses em minha lida. Preocupa-me a situação de quem usou de tal sordidez comigo em um momento em que eu estava mais provido de grana, prometendo cumprir com sua obrigação em momento oportuno. Creiam que, na oportunidade, dei o prazo que esta pessoa escolheu, arcando com as consequências de ter dado o empréstimo sem garantia nenhuma que não a palavra daquela pessoa.

Onde eu estive com a cabeça? Foi dinheiro à beça para mim, o salário de um mês inteiro. Como podia prescindir dele, não titubeei: Dei-o sob a garantia de um papel escrito a mão, onde constava a dívida. deveria tê-lo recebido dois meses depois de ter emprestado. Achei que não haveria problema, visto que era uma das pessoas mais limpas da empresa onde trabalhava. Aliás, o companheiro daquela pessoa chegou, pelo que eu soube à época, a ser um dos donos do negócio.

Antes de ter cometido esse deslise, emprestei outra soma à outra pessoa, uma que julgava ser meu amigo, desta vez com a garantia de um cheque. O valor era irrisório, chegava a apenas R$ 60. O problema foi quando resolvi sacar o cheque. Não tinha fundos. Não consegui nem reclamar cheque, mas depositei na conta. Nunca mais o vi de novo...

Houve uma época em que eu andei meio triste por conta desses galhos. Cheguei a fazer publicar a história do cheque em um jornal de Castanhal, onde eu trabalhava. Meu chefe disse que eu jamais deveria perder a confiança na humanidade, pois que era sempre assim, que eraalgo do homem. Acreditei. Todos estão passíveis de erro, afinal

Nunca me arrependi de acreditar na humanidade. Mesmo quando fui passado para trás, isso não me trazia motivos para deixar de acreditar que as pessoas podiam ser diferentes. Pelo contrário: A constituição do homem mostra que este é produto do DNA de seus pais pelo meio em que vive. Se este aceita a indecência, o descuido com o alheio, apenas este pode ser assim. Quanto ao que convive no meio da justiça, esse não verá com bons olhos a mágoa ao seu semelhante

Dai ocorreu um fato novo que ajuda a ilustrar essa matéria. Fui a um jornal que fica de fundos para a minha casa ontem. Queria transformar um arquivo que estava no meu pendrive em imagem. No intervalo da espera que meu amigo chegasse à redação, uma pessoa que trabalha na redação, uma mulher, desenvolvia suas funções. E havia outra pessoa que, salvo engano, exercia a mesma função. Ali estavam as duas quando, de repente, uma dá por falta de seu aparelho celular. Não aparecem culpados por uma eventual "brincadeira". Resolve-se, então, checar o CFTV da empresa. No vídeo, estava a brincadeira: A colega havia surrupiado o aparelho. E agora? Ouvi que a pessoa culpada tivera que pedir demissão. Ficaria feio ser demitida por justa causa. Pior: Nesses tempos de escassês de empregos, ficarsem trabalhar é uma coisa muito ruim...

A única coisa que explica certas atitudes é a liberdade. Quando se lhe é dada à outrem, este pode achar que o melhor caminho para uma brincadeira de mau gosto como esta é cometê-la, com a desculpa de que nada acontecerá. Já aqueles que acreditam que nem toda a liberdade do mundo pode dar guarita para estas coisas, então até quando recebe um mimo de presente, este acha errado e torna a devolver.

É, meus amigos. Como tenho apenas material de que tratei na primeira (não tenho mais o objeto de que tratei na segunda), acho que a minha saída é tratar o devedor (ou devedora, no caso), em um tribunal. Como no exemplo do jornal, basta tratar a justiça como o órgão competente para dirimir os fatos e apontar soluções. Visto que eu tratei de resolver tudo de forma amigável, enviando seguidos pedidos de pagamento para a pessoa em questão, não obtendo quitação do referido débito (já tem 3 anos), só posso recorrer à justiça. É ela que, em última instância, certificará a pessoa a pagar ou eliminará o débito de forma a satisfazer não o meu ego, mas a verdade. E a verdade é que ela me deve pelo menos uns 600 mangos...

Aliás, Justiça, meus catos, quer dizer exatamente isso: A VERDADE!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Pega ladrão

Estou estupefato. Não sei nem o que pensar dessa república, que já foi chamada de "República das bananas". Não seria melhor "DE BANANAS"? Sim, porque às vezes acho que o povo brasileiro é muito acomodado.

Já observei algumas literaturas que versam sobre desenvolvimento e traçam um paralelo entre riquesa e corrupção. A maioria dos países que são considerados ricos, hoje, no mundo, teve uma grande revolução civil, onde pessoas morreram em prol de um ideal maior: Bem-estar.

Abri ainda pouco o meu e-mail do yahoo e me descobri pasmo quando li o anexo do meu amigo Márcio Monteiro. Não são mais que alguns kbytes e revelam uma música, aparentemente do Gabriel Pensador sobre a corrupção neste país. Ou, como diria meu amigo Marcus, "nefte paíf".

Não sei se muitos de vocês tiveram acesso a ela, porém quebro o gelo e endosso a curiosidade popular ao revelar o link da mensagem anexa. Ali se lê a indignação de muitos, não todos, uma vez que alguns ainda seriam capazes de beijar os pés dos grandes corruptos deste país. Eu, certamente, não sou um deles.

Sinceramente, acredito que está na hora de deixarmos para trás esse estado de letargia, de conformismo em que nos agride, furta, como na música, todos os nacos de dinheiro que poderiam ser empregados para levar mais pessoas ao trabalho, com salários melhores, enfim, realmente gastar dinheiro com gente — e não unicamente com o governo.

PS: Eu gostaria que aqueles que estivessem interessados em baixar o arquivo que façam pedir por aqui, já que o Blogger não permite a postagem desse tipo de arquivo para baixá-lo desta página. Basta deixar o endereço que eu mando logo que possível!

É, no mínimo, interessante!

Reflexões sobre o casamento

Tenho lido nas passagens bíblicas que "Deus fez o homem à sua imagem e semelhança" e que "O homem foi feito para casar-se com uma mulher". Faz tempo em que penso sobre este assunto. E também faz tempo que sou absolutamente contra essa sandice. Um acontecimento, porém, me fez mudar de idéia.

No ano de 2003 eu estava namorando uma pessoa que havia me traído bem mais rápido do que eu pensava, uma vez que ela me queria mais do que o contrário. Aquilo me decepcionou — e só reforçava a minha tese de que casar era coisa de maluco. Não posso negar que aquilo tinha me abalado. De maneira sorrateira, ela me trocara por um homem bem mais jovem (5 anos). Sofri meses com o rompante decisivo, uma vez que houveram tentativas semelhantes antes, mas nunca passaram disto. Depois vi que aquilo já deveria ter acontecido; eu sofria apenas por estar acostumado com ela. Até fiz publicar a história no jornal onde trabalhava em Castanhal, sob o pseudônimo de Romeu. certo que a história foi romantizada, mas é basicamente o que acontecera comigo naquele tempo. Quem ler, saberá!

Naquela eperiência, morando em Castanhal, um outro relacionamento nascera. Eu praticamente morava ali, na casa de Holanda Guimarães. Já com certa idade, me fez repensar diversas coisas. Apresentou-me, por exemplo, para os livros, embora eu mesmo não os tivesse por hábito — apenas lia jornais e revistas. Ele me ensinou outras coisas além da literatura. Falávamos sobre tudo. Ali eu descobri um grande amigo. Só que nunca conseguir dizê-lo. Ainda hoje sinto falta de sua companhia.

Certo dia, em sua residência, conversando com a cunhada do Franklin, outro grande amigo que ganhei em Castanhal, soube da ex-mulher do Holanda. Ali eu soubera do Holanda que havia se casado com Marta Inês. A revelação do Casamento de outrora entre os dois magistrados me fez refletir sobre o matrimônio e como ele poderia ser chato, visto que, pelo que soube, brigaram muito. Mas eu não soube mais do que isso e então não me deti a pensar mais no assunto.

Em uma noite de junho, em sua residência, pouco depois do horário do fechamento da edição daquela quinzena, assistíamos ao Jornal Nacional, se não me falha a memória. Nós sempre assistíamos os telejornais e caíamos no sono depois — Acodávamos às 5h, no máximo.

Uma reportagem sobre a megasena acumulada o fez pensar na minha índole, mesmo sabendo que eu não era dado à Cleptomania. Então a pergunta era: "O que tu farias se ganhasses a Megasena"? Saí-me com evasiva: "Não sei". Ele engatou a segunda: "Tu não sabes o que faria? Eu ajudava mais gente. Eu já faço com o pouco que ganho..." Dai retruquei: "Pois não sabemos a índole dos outros. Muitos aproveitam da nossa boa-fé agindo de má-fé e enganam a todos". Ele concordou. Depois dessa história, até hoje eu penso que ele se referia aos seus bens quando disse "megasena".

Então, quase no final do ano tivemos a conversa crucial que me enrolou coração e cérebro. Não sabia me sair daquela situação, tampouco falar sobre... Mas foi tudo tão rápido que nem sei direito como aconteceu. Pareceu-me um pedido, súplica mesmo, por alguma coisa:

Antigamente eu ficava só aqui nesta casa. Tinha dias em que eu me acordava pela manhã e nem ao menos me dava ao prazer de almoçar, apenas lendo meus livros. Depois tu começastes a vir para cá e, quando vais embora, essa casa parece vazia...

Aquilo me arrepiava. Imagina a situação. Não se deixem levar pela homossexualidade, pois não sou dado a hedonismo, tampouco a exposição entre iguais. Mas a idéia de que eu dava vida a alguma coisa era bem forte para mim. Até então eu não achava que ele fosse morrer pouco tempo depois...

Sábado, 11 de dezembro de 2004 — Naquele dia,eu estava comemorando o fato de meu irmão mais novo ter passado no Vestibular da Unama. Lembro-me de que estava tendo uma festa grandiosa em casa. Havia churrasco e cerveja. Eu estava na casa de um visinho tomando uma gelada e, de repente, vejo uma ligação em meu telefone: "Holanda Guimarães". Estava certo que era uma ligação do telefone Fixo, coisa que ele jamais fazia quando queria conversar comigo. Ligava-me diretamente do Celular. Então soube que ele estava morto, desencarnado. Chorei. Fui ao cortejo funebre em cima do carro dos bombeiros, desfilando pela cidade. Isso no domingo, 12 de Dezembro. Mas o que havia me chocado mesmo ali era o fato de tê-lo encontrado com o braço esticado e a mão aberta, como que pedindo a mão para se levantar. Ele estava sob uma telha de zinco, numa espécie de gaveta mortuária. Não conseguia sentir o cheiro da carne putrefata... Estava bastante chocado com o que eu vi...

A partir de então pude refletir sobre o casamento. Vi que, por exemplo, poderia ainda estar vivo caso tivesse quem o socorresse no dia em que veio a falecer. Saber que esse alguém poderia ter sido eu me dá ainda mais medo, porque eu certamente iria entrar em parafuso. Espero que ele me perdoe algum dia por não estar ao seu lado naquela hora fatídica... E vi que uma companhia, desde que agradável, pode resolver muitos problemas. Pode ser o ponto de equilíbrio entre ter uma vida feliz e simplesmente não ter vida nenhuma. Ou não ter nada para contar.

Casar pode ser simplesmente unir-se à alguém. Pode ser menos que isso, pode ser o início de uma dor de cabeça tremenda, mas pode ser o início de uma aventura — ou ventura, como queiram interpretar — cheia de momentos felizes. Saber escolher quem estará ao nosso lado é o ponto. A vida é uma rosa. Portanto deve-se vê-la pelo ponto de vista do espinho ou da rosa. Se olharmos pela rosa, podemos imaginar que ela tem espinhos.Mas podemos ver que os espinhos tem rosas!

Crise das brabas...

Tenho tantas coisas para postar que às vezes nem mesmo sei o que é mais importante...

O dia inteiro minha cabeça ronda o mundo a procura de coisas interessantes para postar mas me falta o tempo necessário — ainda mais se eu considerar que agora tenho tempo suficiente para tal atividade mas me falta o mecanismo principal para tanto: O computador. E não só ele, a confusão que se forma em minha cabeça com esses textos, essas informações todas que tenho para colocar e não as tenho organizadas, como em um classificador que atualizo à medida que tenho coisas novas, impede de fazer esse blog com mais perfeição, de melhor forma, tornando mais transparentes minhas idéias e reflexões.

Hoje mesmo me veio à mente uma coisa interessante. Tenho dito a tempos que esta crise que ai está não é uma tempestade que derruba casas e deixa tempo para que nova moradia se reconstrua. Ela deve inibir novas construções, na medida que empobrece o povo de maneira geral e obstrui o fluxo de capitais e de trabalho. Não que isto substitua homem por máquina, mas a escassez de crédito substitui patrões tanto quanto empregados. É, muito embora alguns queiram acreditar o contrário pelo bem geral de todos, a crise mais séria de todos os últimos 2 mil anos. Pelo menos.

Quem lembra do crash da Bolsa de Nova Yorque em 1929 pode achar que ainda nem atingimo-la. Mas quem falou em fundo do poço ainda? Naquela época, aceitava-se (tal como hoje) trabalhar por um dólar. Quem não tem cão caça com gato, certo? Errado: Naqueles tempos em que se trabalhava por um dólar, o governo rapidamente resolveu o seu problema e tudo voltou ao normal oferecendo trabalho. Chequem o mercado: O governo ofereceu trabalho? Chequem os empregos do mercado: Em janeiro, os Estados Unidos tiveram um saldo de demissões de quase 100000 empregados, salvo lapso em um dia apenas! Vejam os últimos números da indústria: Milhares estão perdendo seus empregos em um ritmo que pode acabar com os próprios empregadores em algum tempo. É só buscar os balanços da Toyota, Honda, Panasonic, Toshiba, Nokia, Siemens, NYT, Chrisler (que está nas mãos da Fiat), GM, Ford... Peguem, para não irmos longe, os números da Firjan, Fiesp, Fiepa...

Bom, mas não é exatamente sobre esse lado da crise que eu quero falar. É sobre o lado dos gerentes: o governo. Leiam os jornais. Está certo que acham alguns que os Jornais são tendenciosos, mas basta ver o site do governo ou entrar em contato com eles. Há um número 0800 para que se possa ligar na páina do Senado, por exemplo. Quanto estão gastando para aliviar nossos ombros? NENHUM TOSTÃO. Detalhe para uma coisa: Somos sempre nós que pagamos a conta. É o nosso dinheiro que está indo para a compra de tudo por lá. Até um castelo surgiu estes dias...

Lula, por um lado, prometeu, à época de seu primeiro mandato, não descansar enquanto houvesse um brasileiro passando fome. Por outro, reunia-se em famosas patuscadas, gastando uma baba com comida e outros luxos, com o dinheiro do contribuinte, deixando milhares em prantos sem ter um único prato de comida em mãos. Pior: Agora, com milhares perdendo seus empregos com esta mesma crise, resolve ignorar a imprensa, a tudo e a todos. O BC, numa atitude de coragem, reduz os juros em 1 ponto, o que alivia, mas não melhora muito a situação.

Lembro-me de um dia, no longíncuo ano de 2005, que encontrei um colega anencéfalo em um bar. Ele, como que saído daqueles gibis com homens da pré-história, sem camisa, exibindo seu físico de bebedor de cerveja e cachaça, ia comprar a próxima. Eu discutia com um amigo sobre a reeleição de Lula: "Depois de todo o escândalo que há ai, esse presidente ainda vai ser reeleito. Esse povo é muito burro!", disse eu. Em contrapartida, o colega anencéfalo diz: "Porra, o Fernando Henrique roubou ai por 8 anos, deixa o Lula roubar mais 4" Nem vale dizer que eu o chamei de imbecil para baixo...

Dai me vem a cabeça: Será que seria uma boa opção fazer alguma revolução pelo meio das armas para tomar o poder, tal como fez Cesare Battisti??? Não, acho que ainda seríamos tão imbecís quanto Lula e toda a sua corja de analfabetos e anencéfalos. Não corrigiríamos absolutamente nada! Nós tornaríamos tudo muito pior, uma vez que não conhecemos o processo.

Então me surge outra dúvida imensa: Se não conhecemos o processo e não faremos nenhuma revolução, porque reclamamos? Por dois motivos:

1) NÓS PAGAMOS A CONTA. E enquanto pagarmos temos o direito de exigir o bom e o melhor, uma vez que o preço para vivermos nessa espelunca é alto demais e pouco recebemos em troca;

2) VIVEMOS EM UMA DEMOCRACIA e como tal reinvindicamos o poder do voto para mexer em sua estrutura. E por não conhecermos o processo e sermos muitos, não podemos simplesmente ir lá e mexer. Para isso elegemos uma figura pública (o presidente) que deve cuidar com carinho do que é nosso nos dando o que precisamos.

Eu teria uma única observação quanto à violência que faríamos: POLÍTICOS SAFADOS MERECEM A MORTE POLÍTICA.

Como assassinar um político corrupto? Com a arma mais letal, cujo poder todos os políticos temem: O VOTO.

Com ele, podemos simplesmente acabar a corrupção, melhorar o emprego, melhorar os salários, transportes, segurança, saúde... Podemos mudar o mundo, se quisermos, apenas agindo com consciência, humildade, sabedoria. Um voto vale mais que o PIB dos EUA, da Europa e a Ásia. JUNTOS.

Pense um pouco antes de votar em quem você acha um bom candidato nas próximas eleições. Não adianta votar em PSTU, PCdoB, PSOL, PT, PSB... Eles vão propor a destruição do sistema capitalista (e levar você para o que há de mais horripilante: a escravatura), sem consertar o erro que está ai. Mas pense individualmente sobre o assunto. Errar uma vez é perfeitamente aceitável. O problema é que, tendo errado a primeira vez, persista-se nele. Dai, como diziam os brasilienses, "Duas vezes é goiano".

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Sejam bem-vindos!

Olá. Este é o meu primeiro post e prometo ser curto, já que são quase 7h da manhã.

Para quem veio lá do outro blog (o flogão era usado para reflexões, pois não tiro muitas fotos), não há muitas linhas a ler nesta primeira mensagem. Os novos leitores precisam saber que eu, ao contrário do que escrevi no cabeçalho deste blog, não sou nenhum filósofo, mas permito sê-lo unicamente porque o termo advindo do grego, significa "amigo do conhecimento".

Espero que minhas linhas não aborreçam aqueles que passarem por esta humilde casa e os ajude a compreender que o que escreverei aqui estará ligado à Filosofia, Política e Religião, embora não seja um profundo conhecedor de nenhuma das três. Aliás, quem o é?

Vez ou outra me permitirei colocar aqui coisas sobre o meu trabalho. É praxe minha divulgação pessoal, colocando alguma informação que julgar relevante. Mas não me deterei muito com esse tipo de informação, preferindo escrever minhas críticas aqui aos primeiros termos.

Bom, chega de conversa. Espero que gostem do que sairá dos meus dedos digitando no teclado. E tomara que vocês me policiem também. Afinal, sempre que um homem tem o poder, ele precisa ter noção real do que faz.