sábado, 7 de fevereiro de 2009

Crise das brabas...

Tenho tantas coisas para postar que às vezes nem mesmo sei o que é mais importante...

O dia inteiro minha cabeça ronda o mundo a procura de coisas interessantes para postar mas me falta o tempo necessário — ainda mais se eu considerar que agora tenho tempo suficiente para tal atividade mas me falta o mecanismo principal para tanto: O computador. E não só ele, a confusão que se forma em minha cabeça com esses textos, essas informações todas que tenho para colocar e não as tenho organizadas, como em um classificador que atualizo à medida que tenho coisas novas, impede de fazer esse blog com mais perfeição, de melhor forma, tornando mais transparentes minhas idéias e reflexões.

Hoje mesmo me veio à mente uma coisa interessante. Tenho dito a tempos que esta crise que ai está não é uma tempestade que derruba casas e deixa tempo para que nova moradia se reconstrua. Ela deve inibir novas construções, na medida que empobrece o povo de maneira geral e obstrui o fluxo de capitais e de trabalho. Não que isto substitua homem por máquina, mas a escassez de crédito substitui patrões tanto quanto empregados. É, muito embora alguns queiram acreditar o contrário pelo bem geral de todos, a crise mais séria de todos os últimos 2 mil anos. Pelo menos.

Quem lembra do crash da Bolsa de Nova Yorque em 1929 pode achar que ainda nem atingimo-la. Mas quem falou em fundo do poço ainda? Naquela época, aceitava-se (tal como hoje) trabalhar por um dólar. Quem não tem cão caça com gato, certo? Errado: Naqueles tempos em que se trabalhava por um dólar, o governo rapidamente resolveu o seu problema e tudo voltou ao normal oferecendo trabalho. Chequem o mercado: O governo ofereceu trabalho? Chequem os empregos do mercado: Em janeiro, os Estados Unidos tiveram um saldo de demissões de quase 100000 empregados, salvo lapso em um dia apenas! Vejam os últimos números da indústria: Milhares estão perdendo seus empregos em um ritmo que pode acabar com os próprios empregadores em algum tempo. É só buscar os balanços da Toyota, Honda, Panasonic, Toshiba, Nokia, Siemens, NYT, Chrisler (que está nas mãos da Fiat), GM, Ford... Peguem, para não irmos longe, os números da Firjan, Fiesp, Fiepa...

Bom, mas não é exatamente sobre esse lado da crise que eu quero falar. É sobre o lado dos gerentes: o governo. Leiam os jornais. Está certo que acham alguns que os Jornais são tendenciosos, mas basta ver o site do governo ou entrar em contato com eles. Há um número 0800 para que se possa ligar na páina do Senado, por exemplo. Quanto estão gastando para aliviar nossos ombros? NENHUM TOSTÃO. Detalhe para uma coisa: Somos sempre nós que pagamos a conta. É o nosso dinheiro que está indo para a compra de tudo por lá. Até um castelo surgiu estes dias...

Lula, por um lado, prometeu, à época de seu primeiro mandato, não descansar enquanto houvesse um brasileiro passando fome. Por outro, reunia-se em famosas patuscadas, gastando uma baba com comida e outros luxos, com o dinheiro do contribuinte, deixando milhares em prantos sem ter um único prato de comida em mãos. Pior: Agora, com milhares perdendo seus empregos com esta mesma crise, resolve ignorar a imprensa, a tudo e a todos. O BC, numa atitude de coragem, reduz os juros em 1 ponto, o que alivia, mas não melhora muito a situação.

Lembro-me de um dia, no longíncuo ano de 2005, que encontrei um colega anencéfalo em um bar. Ele, como que saído daqueles gibis com homens da pré-história, sem camisa, exibindo seu físico de bebedor de cerveja e cachaça, ia comprar a próxima. Eu discutia com um amigo sobre a reeleição de Lula: "Depois de todo o escândalo que há ai, esse presidente ainda vai ser reeleito. Esse povo é muito burro!", disse eu. Em contrapartida, o colega anencéfalo diz: "Porra, o Fernando Henrique roubou ai por 8 anos, deixa o Lula roubar mais 4" Nem vale dizer que eu o chamei de imbecil para baixo...

Dai me vem a cabeça: Será que seria uma boa opção fazer alguma revolução pelo meio das armas para tomar o poder, tal como fez Cesare Battisti??? Não, acho que ainda seríamos tão imbecís quanto Lula e toda a sua corja de analfabetos e anencéfalos. Não corrigiríamos absolutamente nada! Nós tornaríamos tudo muito pior, uma vez que não conhecemos o processo.

Então me surge outra dúvida imensa: Se não conhecemos o processo e não faremos nenhuma revolução, porque reclamamos? Por dois motivos:

1) NÓS PAGAMOS A CONTA. E enquanto pagarmos temos o direito de exigir o bom e o melhor, uma vez que o preço para vivermos nessa espelunca é alto demais e pouco recebemos em troca;

2) VIVEMOS EM UMA DEMOCRACIA e como tal reinvindicamos o poder do voto para mexer em sua estrutura. E por não conhecermos o processo e sermos muitos, não podemos simplesmente ir lá e mexer. Para isso elegemos uma figura pública (o presidente) que deve cuidar com carinho do que é nosso nos dando o que precisamos.

Eu teria uma única observação quanto à violência que faríamos: POLÍTICOS SAFADOS MERECEM A MORTE POLÍTICA.

Como assassinar um político corrupto? Com a arma mais letal, cujo poder todos os políticos temem: O VOTO.

Com ele, podemos simplesmente acabar a corrupção, melhorar o emprego, melhorar os salários, transportes, segurança, saúde... Podemos mudar o mundo, se quisermos, apenas agindo com consciência, humildade, sabedoria. Um voto vale mais que o PIB dos EUA, da Europa e a Ásia. JUNTOS.

Pense um pouco antes de votar em quem você acha um bom candidato nas próximas eleições. Não adianta votar em PSTU, PCdoB, PSOL, PT, PSB... Eles vão propor a destruição do sistema capitalista (e levar você para o que há de mais horripilante: a escravatura), sem consertar o erro que está ai. Mas pense individualmente sobre o assunto. Errar uma vez é perfeitamente aceitável. O problema é que, tendo errado a primeira vez, persista-se nele. Dai, como diziam os brasilienses, "Duas vezes é goiano".

Um comentário:

Bruno_Philósopho disse...

E olha que tem um "amigo" da terra que defende o presidente Lula e suas estripulias com relação à democracia. Ele escreve num jornal daqui e tem status de colunista. EU ACHO que ele deveria se contentar em puxar o saco dos empresários sem dar teco na política, coisa que ele não entende. Nem de política menos ainda de democracia...