Filosofia. Palavra originada do
grego Φιλοσοφία (filosofia), que significa amor à
sabedoria, estudo de problemas fundamentais relacionados à existência,
ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à
linguagem. Difere do sophos, pelo fato de a usar quem se julga maior que o
conhecimento das coisas, as palavras. Segundo o dicionario Priberam, sofia é
uma palavra que significa esperteza, habilidade. Num sentido mais amplo, usual
ao que se comunica aqui, fala de "exprimir a noção de ciência e sabedoria".
O lado bom disso é que estamos falando de pessoas inteligentes,
que não se contentam com o feijão com arroz diário, que nos fornecem governos,
jornais, internet, pois o homem, desde que se reconheceu no espaço tempo busca
o conhecimento com observações, pesquisas e experiências. Mas o lado ruim é que
alguns, pela alegria que o conhecimento nos trás, se acham bons demais até para
entender e compreender alguns passos da humanidade, mesmo aqueles que vieram
cheios desses três fatores.
Antigamente se dividiam os seres entre sofistas e filósofos,
além da população geral, que não sabia ou não tinha como buscar este
conhecimento. Não vinham a ser arqui-inimigos, mas era como se existisse
alguma animosidade entre eles, pois os primeiros julgavam tê-lo de berço,
filhos que seriam dos Deuses enquanto que os outros viviam a busca de observações e
descobertas. Na maior parte das vezes os sofistas estavam
errados e os filósofos só sabiam que não sabiam de nada. Foi assim durante
longos anos...
Desde que fiz publicar o informe do Diflubenzuron, tenho percebido
o desconhecimento de muitos que, como os filósofos, buscam sabiamente a verdade
sobre o inseticida larvicida, como é justo reconhecer. Porém, outros, temendo
não ter a informação correta, julgam que a única forma de fazer valer a sua
verve é taxando aqueles que escrevem de forma diversa da sua, apresentando uma
verdade parcial que só existe naquelas fontes onde ele bebe.
A pesquisa exaustiva talvez leve a isto. Porém, nem sempre a
verdade está no molho de seu tempero. A busca daquilo que é
a verdadeira história a se contar geralmente esconde-se em pequenos frascos, e
se acha depois de muita lenha queimada. Mesmo jornalistas mais aptos já
passaram batidos em umas histórias que só deram resultado altas horas da noite.
Uns perderam o bonda da história mesmo e não tiveram a chance de serem os
primeiros a escrever sobre determinado assunto. Outros, no entanto, mesmo
correndo o risco de perder o emprego, souberam esperar o momento ideal para
encontrar o “X” da questão. E se deram muito bem.
A história mostra resultados excelentes de quem esperou seu tempo
para brilhar: Quem nunca assistiu a história de Erin Brockovich traduzida no
filme “Uma secretária de futuro”? Aquela é a história, romanceada é verdade, da
hoje advogada do consumidor, que chegou a perder seu emprego em busca de uma
história negligenciada, da qual muito se falou ser mentira. O dono do
escritório onde ela trabalhava deve ter se arrependido tanto depois da história
se confirmar... Pagou um preço demais salgado, porém merecido, pelo faro de sua
assistente. E ela chegou a sofrer ameaças sérias, na vida real quanto no
filme.
Em 28 de outubro de 2009, fiz publicar neste mesmo espaço um texto
que, originalmente, era do político César Maia, ex-prefeito e ex-governador do
Rio de Janeiro, em seu ex-blog. A partir de então, recebi vários e-mails e
muitos comentários, sendo aquela a nota com maior número de comentários em meu
blog até hoje desde a sua criação. As notas sempre começam com um tom
ameaçador, como "... se você soubesse escrever..." e por ai vai. As
acusações sempre permeavam pela falta de apuro na hora de buscar as fontes
corretas. E olhe que o pessoal demorou bastante para escrever as críticas
naquele tom. Considerando a data da última postagem e o tom do “escrevinhador”
desprovido de senso ou conhecimento, a postagem tem a data de 24 de junho de
2011, quase sete meses atrás.
O que fazer com uma pessoa que escreve “como pode tantas pessoas
leigas no assunto, (sic) um tanto quanto ignorantes...”? Ele mesmo se inscreveu
dentro dessa listagem que citou, “leigas” no assunto, pois que mesmo que se
considere que ele trabalha em uma indústria farmacoquímica, como ele mesmo
aponta, porque não afirmou que conhece química no nível adequado ou mesmo se
ele trabalha diretamente na função pretendida para o discurso. Pior: Quando
generaliza um fato como este está colocando que as outras pessoas, mesmo
aquelas que escreveram contrárias ao que postei, também são leigas e estão
escrevendo asneiras. Ele próprio escreve sem pensar nas consequências.
Um senhor, que mantém, inclusive, um blog a respeito do assunto,
identificado como biólogo Carlos Simas, dá razão ao que escrevi aqui. Então quem estaria errado? Outro, que escreveu em
resposta ao blog também mostra que algumas prefeituras estão trocando o agente
Diflubenzuron por outro, antigo, por causa dos efeitos constatados em agentes
da saúde na manipulação dos agentes da fórmula deste químico. Será que ele é
imbecil, como escreveu aquele senhor de que falei no parágrafo anterior?
Na página da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA -
era possível ler, na época em que publiquei este informe, que se tratava deste
agente perigoso para a saúde humana. Então, como se trata de opinião pessoal
emitida por outros leitores, a busca pela informação oficial do governo deveria
ser levada em conta, certo? Não para muitos dos meus leitores. A opinião do
governo poderia mudar, mas não o acerto deste “philósofo”, anterior à
retificação do governo.
Mas o que dizer do próprio governo quando, através do Ministério
da Agricultura, ele retifica esta retificação e diz que o veneno é perigoso
para a pele humana, ratificando informação internacional do Diflubenzuron, de
que não se pode haver contato físico nas regiões onde foi aplicado o remédio
(ou no preparo de sua calda), exceto se com roupas especiais? No mínimo seria
motivo para chamar as pessoas “deselegantes” que criticaram este blogger de
incautas, pois não leram essencialmente os informes publicados ao redor do
mundo, onde atestam a informação de perigo por permanecer em áreas
onde foi aplicado o produto? Tudo bem que apresentem a preocupação por não ser
perigoso para o toque depois do tempo dado pelos fabricantes na permanência no
ambiente borrifado. Mas é só.
Pior que isso é defender o consumo deste veneno. Diz o leitor
Paulo da Costa, que postou em 17 de abril de 2010: “até o momento apenas cinco
compostos são autorizados para uso em água de consumo humano, dentre eles
(sic), o Diflubenzuron”. O senhor Paulo, que publica esta informação, é um
cidadão de extremo bom gosto. Ele segue um Blog, de fotografias antigas e
atuais da cidade de Batatais, em São Paulo. É um site excelente de fonte de
informação histórica. Quem quiser pode entrar no site da Prefeitura da cidade de Batatais ou neste, seguido
pelo senhor Paulo. Defenda a arte, senhor,
não o consumo dessa substância!
O atrito aparece quando as pessoas que escreveram como comentário
a este blog dizem que devo “pegar a forma hemorrágica” da dengue, passando
quinze dias colocando sangue por vários orifícios do meu corpo. O comentário grosseiro
e arrogante parece do leitor que assinou no dia 08 de janeiro de 2011 com o
nome de Frederico Boechat, agente ambiental em Itaperuna. Ele ainda acha que eu
sou morador do Rio de Janeiro, porque menciona que vou pegar a tal “dengue”
quando explodir no RJ. Não deve ser leitor assíduo do Blog, pois eu posto uma
informação de nível nacional e várias de nível local. Ele ignora que, pelo fato
de morar em uma cidade conhecida pelas chuvas, explode em casos de dengue nos
meses úmidos. Não vou me rebaixar ao seu nível, pois deve ser um senhor
humilhado pela doença que perdeu algumas batalhas para a forma hemorrágica da
doença.
Tenho sido bastante cortês com meus leitores desde que
comecei a escrever, nunca faltando com suas inteligências. Mesmo no desespero
da concorrência, tenho sempre parcimônia nos assuntos abordados, pois sei que
não posso aviltar aqueles que leem com frequência este blog ou aqueles que,
como o senhor “Frederico” (será mesmo este o nome do missivista?), acessam o
site vez ou outra. Tenho que tolerar suas tolerâncias e indelicadezas quando
posto algo “paranormal” que lhes fuja o conhecimento.
A lógica sempre foi favorável àqueles que, antes de escrever,
pesquisaram mais o assunto. Foi o caso de muitos que leram este tópico e nada
postaram. Ou porque sabiam mais do que este blogger e não queriam dividir o
conhecimento, ou porque não queriam entrar no mérito da questão por entender
que não eram da área deles — e nada teriam a acrescentar. A estas pessoas eu
digo: DIFLUBENZURON é uma substância que faz mal à saúde. Não deve, em hipótese
alguma, ser ingerido ou inalado. São recomendações do próprio fabricante, assim
como a recomendação de que não se entre nas áreas cultivadas em menos de 24h —
este, outro detalhe esquecido pelas pessoas que postaram contrainformações.
Quem postou os fatos em oposição às minhas ideias procurou apenas
confrontar a informação da ANVISA da época em que publiquei o texto e a que
consta atualmente no site da Anvisa. A diferença entre publicar uma história
nova, com fatos estudados e provados, e publicar outra, com apenas arremedos de
verdade é grande, e beneficia muitos que procuram se informar. Mas pode trazer
prejuízos àqueles que acreditam na primeira balela que encontram em um site
qualquer. É o caso dos algozes que escreveram o que achavam correto apenas por
divergir da minha versão. Para se enxergar esta diferença, basta ver que eu
tive o cuidado de enviar aos incautos de plantão, que não acreditaram nas
inverdades que publicaram meus acusadores, a versão oficial da Anvisa que
atesta a minha verdade. Posso passar a quem mais tiver interesse, bastando para
isso enviar e-mail pedindo a informação de fato. Mas, como alguns não se
identificam e se abrem ao diálogo, não podemos pedir a versão deles. OU de que
fonte eles beberam para publicar suas versões.
É interessante saber que eu escrevo e mostro a prova de que eu
escrevo. Inclusive quando esta minha contraprova é atual, como o Ministério da Agricultura. Encher de provas, causar
verborragia ou apresentar quem defenda as versões com princípios éticos e
profissionais (como o biólogo ambiental Carlos Simas, que possui site e
formação para defender qualquer um dos lados, como nesta postagem)
não parece ser suficiente. Ao contrário do que publicaram alguns, pior do que
ser infectado com a dengue do tipo hemorrágica é infectar-se com a falta de
informação. A morte pode acontecer com muitos, bastando que, para isso, sejam
acometidos de situações perigosas, como um acidente de carro ou uma doença mais
séria. Não que a Dengue Hemorrágica não seja uma doença grave. Mas uma infecção
medicamentosa também é.
Podemos gerir a informação de maneira mais democrática e menos
grosseira. Podemos ser mais sofisticados e dizer que uma ou outra pessoa podem
estar errados por isto ou por aquilo. Nunca podemos ser deselegantes tachando
quem quer que seja de “imbecil” por qualquer razão que seja. Guardemos os
comentários grosseiros, grotescos e insensatos para nós, de forma que possamos
passar a nossa mensagem sem agredir os outros. Creio que meus leitores não se
privarão da sua galhardia para comentar suas ideias ou sentimentos e passarão a
mensagem que precisam passar.
Para quem não sabe, Diflubenzuron é um inseticida fisiológico que
atua, como disse um desses meus leitores grosseiros, interferindo na deposição
de quitina dos mosquitos. Esta informação já era disponível na época do meu
primeiro comentário postado em 28 de outubro de 2009. Acontece que a Anvisa
publicou relatório anunciando que a substância pertenceria ao grupo I — das
substâncias extremamente tóxicas —, e eu postei o que postei depois de
pesquisar vários sites. E se eu tivesse feito diferente, postando que não era
mau, e a Anvisa não ter mudado sua posição sobre o medicamento? Pior: podia ser
que estudos complementares poderiam mostrar que o elemento seria realmente
perigoso — e dai eu estaria em sérios apuros.
Assim como o ovo, várias pesquisas estão fadadas a mudar a forma
de pensar dos cientistas. Quem passou pelo banco de uma faculdade sabe que
teses precisam ser bem fundadas em pesquisa, mas elas nunca esgotam um assunto,
seja ele o que for. Mas uma pessoa pode encerrar uma discussão se ela
simplesmente ignorar esse fato, partindo para a séria e desonesta agressão.
Este é o caminho dos brutos. O dos inteligentes é apenas aumentar a discussão
com fatos.
Quem leu a contestação “megafraude pseudo-científica” do dia 17 de
novembro de 2010, contestada por um senhor, dos grandes gênios da atualidade,
assíduo frequentador de banco de famosa faculdade norteamericana, pesquisador e
físico, sabe do que estou falando. Mas se não leu, convém ler aqui.
Obrigado diletos leitores, amigos e amigas, e até os nem tão
amigos assim, por ainda me aturarem nessa lida de pesquisa e leitura. Por me
corrigirem quando a euforia for demasiada e eu descuidar de alguma publicação.
Quando for infinitamente inferior ao tamanho do buraco que ela deveria causar e
eu, cego, não ver. espero continuar contando com os diletos amigos para
aperfeiçoar ainda mais este blog. Corrigindo e ratificando minhas posições,
sempre. Mas, acima de tudo, postando a verdade, como ela deve ser.