Esta semana Nelson Sitotsky inaugurou nova rotativa para o seu forte Zero Hora e o popular Diário Gaucho. Mas o jornalismo vive uma escalada descendente. Ninguém sabe se daqui para amanhã vão continuar existindo algumas empresas, principalmente porque nem sempre as empresas têm capacidade técnica (muitos não se dão conta que a atualização deve ser constante). Não é o caso da empresa sul-riograndense. Mas temos várias empresas brasileiras nessas condições. E precisamos que as pessoas entendam isso antes de tudo. Faz parte do processo.
Muitos, porém, não entendendo que mais vale o conhecimento do que o diploma (o pessoal tira e esquece do resto), acham que vai dar certo se manifestar por uma regulamentação da profissão. Não adianta mesmo: Muita gente faz o curso superior e compra os trabalhos no afã de querer sair logo daquele lugar para o mercado de trabalho. Ai a qualidade é a pior possível. E o diploma não quis dizer nada. O problema é que a crise mostrou que muito do que achamos supérfluo pode ser simplesmente dispensado. Porquê? Por que nós simplesmente esquecemos que as notícias não são realmente importantes. Errado: No país e com as condições que se encontram nossa democracia, notícias são essenciais.
Mas o lance dos jornais ainda tem um outro problema, além disso: Os leitores de notícias estão migrando para a Internet. Isso não significa necessariamente o fim das empresas. Mas, imagine que você não tem como informar o seu leitor da forma convencional. O que vai fazer? Procurar meios alternativos. Mas se não tem a Internet, o que vai fazer?
Muitas pessoas acham que, sem internet, uma empresa simplesmente não existe. Será que é esse mesmo o seu problema? Na internet, qualquer um é jornalista, pois basta saber contar um fato. Contar uma história. Para falar a verdade, uma notícia séria teria alguém para verificar e comprovar as informações. Ouvir as partes. Mas quem paga por isso aqui? As pessoas querem parar de gastar dinheiro e ganhar cada vez mais, sem contar ainda com as pessoas que querem apenas ganhar sem fazer mais nada, sem fazer por merecer.
É assim, com a cabeça no mundo da lua, que as pessoas pensam em fazer uma revolução. Quando se tem as idéias no lugar, fazem como Sirotski, que investe em um produto que dá lucro. Zero Hora é um dos poucos veículos do Brasil que dá dinheiro. também, claro: Como diria meu pai, dinheiro custa dinheiro. Se você quer ganhar dinheiro, aprenda a gastar.
Mas outros investimentos não serão tão bons que logo trarão lucro. E convém separar o joio do trigo. Se todos pensarem um pouco mais farão boa coisa nesse mercado.
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