Educação não se compra. Ainda mais em se falando nos dias de hoje, em que vemos a compra de tudo. Dá raiva até. Tudo bem que eu sou a favor do livre comércio, mas certas coisas não podem e nem devem ser vendidas. A nossa dignidade, por exemplo. O que pensar daquele que, por veleidade, escolhe vender seus sonhos por míseros R$ 500. Sonhos não tem preço! Ainda que sejam utopias, querer fazer um mundo melhor não deve ser objeto de limitação. Mas esse limite tem que ser razoável. Não vamos permitir que alguém sonhe com um mundo onde todo mundo pode matar todo mundo. Daí já é loucura. Mas imaginem algo sublime, sendo tirado antes mesmo que possamos ter discernimento entre o certo e o errado. E, pior, mostrado por todos como aceito pela grande massa, que acha isso legal e bom. Claro, sempre a história é contada como fado, lenda possível e normal. Essa fábula começa na escola.
É na escola que começamos a dar os primeiros passos dos nossos sonhos. Começamos a tornar real aquilo que nos vai mover até a última fase de nossas vidas: A velhice. Vai funcionar como moto contínuo, uma força impossível de ser parada. Vai derrubar conceitos. Vai nos levar, enfim, ao paraíso. Mas dai a vida vem com a realidade e suja o que achávamos belo. E essa sujeira parte da escola. Sob a rubrica de uma simples brincadeira, mestres e diretores de escola sempre fazem uma festa de quadrilhas juninas onde aquele que arrecadar mais dinheiro (votos) é quem vence. VOTOS VALEM DINHEIRO. Passa a idéia de que vender votos é lícito
Educação não se compra. Mas as escolas teimam ainda em ensinar que a compra de votos não só é sadia como também insistem que ela ainda vale a pena. E depois reclamamos que nada vai bem no país porque sempre se elege alguém que investiu mais dinheiro do que era preciso se todos votassem com os olhos da ética. Se todos votassem naquele candidato que realmente tivesse propostas boas, que fizessem coisas que realmente fossem melhorart nossas vidas, ai sim, quem sabe, nosso país fosse algo melhor, diferente, sem ladrões. Mas é sonhar alto demais: Nem mesmo as leis se respeitam neste lado do globo...
Ninguém precisa disso. Ninguém precisa do exemplo que vem das escolas. Porque ensinar a vender o seu próprio voto é como vender a própria dignidade. E vender a dignidade é como vender seu sonho. E vender o seu sonho é como vender o espírito. E isso significa que nem sempre teremos aquilo que seria o melhor. Mas sempre teremos o melhor para os políticos. E eles sempre se fartarão de coisas que os engrandecerão. E sempre existirá aquele que vende o seu voto. E sempre existirá aquele que chora por alguma coisa. E sempre existirá aquele que morre de fome. E sempre existirá o mal. Só não haverá sonho, porque ele, teoricamente, não existe mais... Porque as escolas, no passado, ensinaram a perdê-lo! Porque elas são coniventes com o que é errado
Um comentário:
Pois é Filósofo. Sempre pensei em um dia colocar alguma coisa desse tipo na internet, mas que todos, todos mesmo, pudessem participar. Algo assim como um plebiscito, como uma eleição, como um grito tão alto que pudesse alcançar tantos ouvidos e mentes quantos pudessem ouvir e entender. Já pensou, as eleições estão chegando, novas modas se apresentando e nossos filhos vendendo seus votos ou seus corpos para poder acompanhar essa tal de moda que vem do Brasil do Sul.
Obrigada por ter dito isso por mim e,até quem sabe, por quantas mais mães deste mundo de meu Deus.
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