Quando a inteligência deixa de ser balizadora das boas ações, então a burrice comete os erros mais crasos. Vejam o caso da secretária adjunta da Saúde que, para resolver o problema da falta de remédios, resolveu comprar os mesmos com dispensa de licitação. Segundo nota da Imprensa, a dispensa ocorreu por causa do problema que vem se agravando com a saúde do combalido hospital Ofir Loyola. Diante dos olhos passam dois problemas, extremamente fáceis de serem resolvidos quando se tem à vista limpa, com luz suficiente para ver os fatos e corrigi-los. Quando não dá para corrigir os erros no presente, pode-se faze-lo no futuro, embora não sem algumas marcas. Agora o que não dá é para colocar o problema de uma forma que nos deixe outro problema mais adiante.
Os dois problemas do Ofir Loyola são apenas falta de medicamentos e insumos básicos para que todas as operações corram normalmente. Está certo que a um ou outro equipamento indispensável a operações ou cirurgias falte manutenção para que funcione bem. Um membro do alto escalão do governo acha que o problema se resolve criando outro. E o cria quando resolve deixar de contratar a compra de medicamentos sem licitação. Aliás, licitação também dá a idéia de tornar licito. Principalmente quando ela está ligada às finanças públicas.
Alguém nesse governo precisa aprender a conjugar o verbo gastar com mais lucidez. Porque gastar por gastar leva apenas ao desperdício. E se o governo desperdiça o dinheiro do povo com superfluo apenas porque economiza por causa da crise, o faz com dois erros: Primeiro porque gasta mal e segundo porque gasta errado. Economizar é a palavra de ordem. Mas se pode ser feita com outros setores. A primeira forma de economizar é gerar mais receita com impostos sem aumentá-los para tanto. Uma boa maneira de fazer isso é gerando postos de trabalho. Mais gente trabalhando significa mais dinheiro entrando na forma de impostos. E dá para fazer isso. Basta incentivar a industria madeireira, por exemplo, a mais prejudicada com a política do PT no estado.
Enquanto não fizermos nada para impedir o erro maior, enquanto não nos mobilizarmos para enfrentar o mal maior (que, repito, poderá ser a dispensa de funcionários do Estado), estaremos caminhando para, no mínimo, uma intervenção Federal. O caminho correto seria o Impeachment, já que o governo não consegue pôr nada nos eixos e se encontra mais perdido que cego em tiroteio. Mas, antes que seja realmente necessário chegar lá, alguém pode impedir isso, fazendo esse governo cair na real, seguir as leis (aliás, mais descumpridas que qualquer outra coisa) e começar a gastar direito os recursos conquistados à custa do trabalho alheio. Se fizer direitinho, a parte do Impeachment terá sido apenas a parte suja da história, mas logo apagada. Se não, logo surgirão pessoas capazes de pedir coerência nas ruas e, com isso, a destituição de certas pessoas de seus cargos (incluindo o alto escalão do governo). Aliás, isso já está acontecendo.
Como diria um amigo querido, falecido em 2004, exigimos Moralidade (Art. 5 LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;)
A lei é essa. Basta cumprir
Nenhum comentário:
Postar um comentário