domingo, 14 de fevereiro de 2010

Ainda sobre o Diflubenzuron II

Houveram muitas manifestações sobre o tal DIFLUBENZURON. Chegaram a me chamar de "besta", porque eu era mestre em escrever besteiras. Porém, nota-se que mesmo pessoas que são da área não sabem o que falam. Ou elas ou a Anvisa, que deu informações técnicas para que tudo o que eu publiquei antes fosse tido como verdadeiro e aceitável como tal por uma agência do governo Brasileiro.

O estudo que eu publiquei ontem foi de uma Universidade americana, patrocinada por uma empresa da indústria. Mas o que vale para um país pode não valer para outro e o processo para o uso do DIFLUBENZURON (cujas mensagens chegaram até o meu e-mail como sendo de uma sigla DBZ) foi retomado pela ANVISA, que gerou um relatório que motivou essa discussão acalorada.

A versão do Diflubenzuron que entrou no Brasil é proveniente da China, segundo o relatório da Anvisa. A formulação do toxicológico é clara pela agência ao constatar o grau I (EXTREMAMENTE tóxico, conforme eu havia colocado anteriormente), logo mantenho exatamente tudo mo que eu havia postado anteriormente.

Aqueles que desejarem o informe oficial da Anvisa podem pesquisar no site http://www.anvisa.gov.br/toxicologia/atos/2008/junho_julho/informe_diflubenzuron250.pdf. Nunca se esqueçam de que o informa está em PDF e tem três páginas. Ele libera o uso para a comercialização, mas mostra que o produto é bastante tóxico e seu uso requer muitos cuidados.

Para quem não possui o Acrobat em seu computador, vou destacar, Ipsis Literis, alguns trechos importantes do informe, que a Anvisa fez publicar em 2008. Quem quiser baixar, acesse o site. Quem quiser pode me pedir que eu mando. Vou pesquisar mais até que não haja mais dúvidas quanto a este produto. Mas, por enquanto, vejam alguns destaques do relatório da Anvisa

14. Intervalo de Reentrada de Pessoas nas Culturas e Áreas Tratadas:

Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da completa secagem da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilizar macacão de algodão impermeável com mangas compridas passando por cima do punho das luvas e as pernas das calças por cima das botas; botas de borracha; máscara com filtro combinado (filtro químico contra vapores orgânicos e filtro mecânico classe P2); óculos de proteção; touca árabe e luvas de nitrila.
15. Modalidade de Aplicação: Pós-emergência das plantas infestantes - Pulverização Terrestre (equipamentos costais ou tratorizados) e Pulverização Aérea.


16. Classificação Toxicológica: Classe Toxicológica I – Extremamente Tóxico.

IMPORTADOR:
FMC QUÍMICA DO BRASIL LTDA

Av. Antônio Carlos Guillaumon, 25 – Distrito
Industrial III – CEP: 38001-970 – Uberaba – MG –
CNPJ: 04.136.367/0005-11 – Cadastro IMA nº
701-00203

2 comentários:

Anônimo disse...

O diflubenzuron é o princípio ativo do DIFLY, produzido pela CHAMPION, para combater a MOSCA DO CHIFRE, que propaga não ser tóxico; e tem um marketing poderoso no SBA. E aí? quem fala a verdade? ANVISA? CHAMPION? Quais os interesse?

Anônimo disse...

Existe vários produtos comerciais com diversas aplicações e registros. Porém o que vc deve saber é que cada registro tem suas aplicaçōes e recomendaçōes de uso. Quando uma empresa produz um produto e quer coloca-lo rapidamente no mercado ela faz os testes basicos de toxicologia e o produto é registrado com faixa toxicologica classe I. É por isto que temos formulaçoes de diflubenzuron mais recentes com classe I e formulaçōes mais antigas com classe IV, pois ja demonstraram não serem tóxicos para o ambiente nem para humanos. Portanto sugiro que pesquisem mais e consultem os orgāos competentes antes de divulgarem o que pensam ou que acham que sabem!