terça-feira, 13 de outubro de 2009

Somos pedra esperando o lapidador!!!

Bem-aventurado o homem, Senhor, a quem Tu repreendes. Salmo 94:12.


Anos atrás, eu dava aulas de piano para crianças. Era uma experiência gratificante, mas frustrante também.

Há quatro anos, mudamo-nos para um apartamento no quarto andar. Logo percebemos que um jovem pianista se esforçava no estudo do piano em algum apartamento adjacente. Seus estudos diários me irritavam os nervos e a sensibilidade, já que eu conhecia muito bem as peças que ele tentava executar. Eu gritava para as paredes do meu apartamento: “Não! O andamento está errado!” e outros pronunciamentos semelhantes. E mandava recados mudos para a professora dele: Por que você não o ajuda a corrigir os erros? Por que ele comete os mesmos erros, semana após semana?

Às vezes, eu encontrava o garoto no elevador, e embora houvesse entre nós uma barreira de idiomas, sempre procurei incentivá-lo. Seu pai servia de intérprete, e eu recebia um tímido sorriso como resposta. Com o passar dos anos, acostumamo-nos com os estudos dele. Recentemente, contudo, percebi que se tornou um deleite ouvi-lo tocar. Toda a sua perseverança resultou num bom domínio do piano. Ele toca bonito!

Numa recente visita à minha terra natal, meu filho perguntou se eu podia ajudar minha neta a preparar suas peças para o exame de piano. Não estavam “do jeito certo”, como ele se expressou. Não, não estavam! Boa parte estava bem, mas certas passagens lhe dariam uma nota muito medíocre, ou até a reprovação. Sentei-me ao lado dela junto ao piano, e conversamos sobre o assunto. Relutantemente, ela aceitou que, em vez de tocar a peça inteira todas as vezes, seria uma boa idéia repetir aquelas passagens fracas de modo específico. Discutimos técnicas e combinamos um plano. Fico feliz por dizer que ela se aplicou às áreas problemáticas e se saiu muito bem no exame, passando para o nível seguinte.

É a sua vida espiritual um pouco como as peças de piano da minha neta – muito boas em algumas partes, mas com áreas de grande preocupação? A minha, certamente, é! Se continuo vivendo a vida desse jeito, as “áreas preocupantes” não receberão a atenção de que precisam. Quero que o Mestre celestial me aconselhe e oriente. Preciso pedir que Ele Se sente ao meu lado e me ajude a repassar as partes difíceis da minha vida. Quero que todos os aspectos da minha existência sejam uma doce melodia. Quero passar para o nível seguinte. E você?
Escrito por Valerie Fidelia

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