quarta-feira, 20 de maio de 2009

Eleição ameaçada

Para aqueles que contam copmo certa a participação de Dilma Roussef nas eleições gerais do próximo ano, um aviso: A continuar os caminhos por onde estão, a ministra pode não concorrer no pleito. Tudo porque a doença lhe consome mais rapidamente que a campanha presidencial. Então, o governo aposta em um terceiro mandato, pois não tem nenhum outro nome para lançar à sucessão. O problema é que, com o terceiro mandato, cria-se um impasse, além de macular a imagem do presidente lula. Mas as classes menos favorecidas aceitam, claro, que o presidente continue no governo. Para estes, a ditadura, com Lula no Poder, não é bem uma ditadura.

O contraste entre Lula e FHC é desprezível. Lula falou mal do sociólogo porque ele viajava demais. Agora comete o mesmo erro. Lula condenou a corrupção e agora faz pior. Mas é desprezível porque os dois são da mesma corente: A social democracia. A única diferença exibível é que o partido dos trabalhadores conta com representantes que, outrora, eram representantes da ilegalidade no passado não muito distante. Fazem menos de 20 anos. Lembro-me que, naquela época, militantes do PT chegaram a agredir quem passava em carreata de candidato de oposição à indicação de Lula. Eu estava em um desses carros. a agressão foi com paus e pedras, como se quisessem fazer uma revolução a força neste país. Tal como na Rússia.

O problema da população é que, em todos os países que partiram para a mudança no regime governamental a partir de uma revolução, todos foram feitos com muitas mortes. China, com Mao-Tsé; Rússia, com Vladimir Lenin; Tchecoslováquia, com Tito; Irã, com Komeini, todos usaram de força físico-militar para implantar um governo que, embora fosse querido por todos, matava mais do que todas as guerras mundiais juntas! Quem mais sofreu com isso? OS POBRES. Eles pagaram (e ainda pagam) com a vida nessas mudanças. Em regimes democráticos, todos sabem que ainda que a situação seja ruim, nada fica realmente mascarado.

Conversei certa vez com o escritor Pedro Juan Gutierres, cubano, escritor famoso por seus livros, que me falou que jamais deixaria Cuba, apesar do sofrimento da ilha. E nada pior que tentar convencê-lo do contrário. Umn dos poucos que acreditam em uma mudança democrática. Hoje, pessoalmente, acredito justamente no contrário. Com a crise, as pessoas acreditam, erroneamente, que o melhor a fazer é afastar-se do melhor para crer que mais vale uma marquise junto ao governo tirânico que uma árvore aberta com possibilidades mil na democracia. Eles acreditam, nessa hora, em qualquer mentira que lhes venham a contar algum "sábio", furtando-lhes a consciência. Ai fica o chamado da razão, dizendo: "Isso não é a melhor maneira de resolver um problema. E você sabe que não". Então as pessoas se fazem de moucas e continuam trilhando o caminho da irresponsabilidade. E assim caminha a humanidade.

Assim fica fechado o circuito: Ou fazemos a vontade dos homens, dominados pela corrupção, ou fazemos a vontade de Deus, que é distribuir amor entre seus pares. Venceria a segunda se não fosse o orgulho do amor amalgado pelo narcisismo. Então o homem se aproxima da imundície mais sórdida, a corrupção, a falta de ética, a insensatez.

Outro dia, vi um acidente na confluência das avenidas Almirante Barroso, Nazaré e José Bonifácio. Enquanto guardas e os proprietários dos veículos envolvidos estavam por lá, apareceu um destes "malabaristas" de semáforo que a prefeitura do Edmilson criou apenas para pedir esmola com um pouco mais de classe e ganhar o mesmo trocado. Dirigiu-se aos veículos, na tentativa de observar o estado dos dois. E não se intimidou com a presença de ninguém. Parecia querer tirar proveito de alguma peça ou algo que tivesse ficado no chão no momento do choque. Para mim, foi o que pareceu no momento.

E é assim. Não podemos melhorar o mundo enquanto não melhorarmos nós mesmos. A ministra Dilma Roussef, digo para ter mais cuidado com ela mesma. Senão, como melhorará o mundo como presidente do Brasil? Quero dizer, se ela ganhar! Não acredito que ganhe, ainda que possa vir a dizer o contrário. Como se dizia no passado, "Cada um tem o governo que lhe convém". E o brasileiro não é diferente. Se quisesse um mundo melhor, começaria escolhendo governos melhores. Como nãopensa por esta chave...

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