terça-feira, 5 de maio de 2009

A ética do poder

Onde estamos neste mundo de meu Deus que ainda não aprendemos a ser éticos?

A semana que começa está marcada de escândalos. Matéria no jornal O Liberal mostra que MST recruta tantas quantas forem as pessoas que perderam o emprego na crise, num contingente que chega a ser, muitas vezes, maior que o próprio efetivo da PM. Neste caso, poderemos assistir, em breve, um novo episódio de Canudos. Lá, como aqui, também se prega o messianismo. E todos sabemos que a solução para os problemas do homem não passa necessariamente pela guerra. Passa, obrigatoriamente, pela Palavra de Deus. Basta refletir sobre o que disse Jesus, quando tentado pelo Satanás: "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que vem de Deus".

A revista Isto é revela outra façe em que se encontra o nosso judiciário. Basta ler a matéria de capa, onde um dos juízes do nosso STF pede passagem para transportar a família. A prova está lá, com uma parte na capa da revista. Se é válida são outros quinhentos. Onde estava o direito, neste caso específico? Onde estava o homem público?

O episódio das passagens aéreas é um fato perdido. Uma das pessoas que disseram ter usado das passagens em proveito de terceiros, foi o próprio presidente. Na ocasião, ele afirmou que não havia nenhum problema nesse tipo de uso. Quem não mostrou normalidade em caso semelhante foi o deputado Fernando Gabeira, demonstrando certa tristesa com o ocorrido. O caso oposto foi apresentado pela mesma Istoé, falando a respeito de Ciro Gomes: "Quem a imprensa pensa que é? Eu uso as passagens do jeito que quero"

É triste que nossos representantes pensem isso. Mais triste ainda é saber que eles não estão nem ai para a opinião pública, como se deles fosse o direito de gastar os recursos que são oriundos dos impostos que todos nós, brasileiros honestos, pagamos. Para mim, que pago meus impostos, esse tipo de atitude me enoja. E me leva a pensar que as pessoas que agem dessa forma deveriam ser presas perpetuamente. Ou, no mínimo, não ter mais direitos políticos. Como uma pessoa que pensa que o público é parte de seu patrimônio pode me representar no legislativo ou no executivo? Claro que não pode! Este é do mesmo grupo das pessoas que desviam dinheiro.

Infelizmente, eu não acredito que esta situação tenha solução. Temos que primeiro ensinar o este missivista a ler direito. Parece que, por muitas vezes, ele não sabe o que é democracia. Falo isso com a mesma certeza de quem entende que 1 + 1 é 2. democracia é um poder em que mandam poucos e, aos outros, é facultada a ação de obedecer. Não existem praticamente direitos para quem paga a conta no final. Mas é que a vida distorceu o significado das palavras.

Bom, mas a única coisa que eu vejo é que há uma luz ao final deste túnel de burrice que parece ter se instalado em todos. Se não for assim, então estamos mesmo no mato sem cachorro.

Nenhum comentário: