sábado, 4 de julho de 2009

Liberdade em jogo com Zelaya

Enquanto Honduras ainda sofre as sanções da ONU de Barack Obama, Venezuela ganha mimos do presidente americano e do resto do mundo. Onde será que queremos chegar quando o assunto é liberdade?

Não podemos discutir liberdades com quem não é a vox populi, porque esta é sempre o direito de liberdade. Logo, não podemos dar o apoio àqueles que violam os direitos que são invioláveis. Mas assim o fazemos nestes últimos tempos. O nosso direito é violado na Venezuela, em Cuba e em tantos outros lugares onde a liberdade é praticamente uma palavra proibida.

Ou seja, será licito dar apoio à Mahmoud Ahmadinejad? Ele venceu em uma eleição "livre". E o que falar de Hugo Chavez? Talvez o melhor caso seja mesmo o do ditador Iraquiano Sadam Hussein, eleito com 100% de aprovação.

Mas todos estes candidatos não são amigos da democracia, muito menos da liberdade. Sadan, a despeito de ter sido destituído do poder com o uso de forças militares, era um assassino frio e calculista. Matou o cunhado na frente de sua irmã. Batia nos iraquianos de forma vil, por sinal o ditador era sádico, ou seja, tinha prazer na dor alheia.

Em Honduras, a Constituição fala em destituição nos casos em que o mandatário tentar unma reeleição. E, parece, é uma cláusula pétrea. O presidente daquele país, a exemplo de Hugo Chavez, queria mandar mais do que a própria lei. E por isso foi destituído do cargo. Não houve, ali, um "assassinato da carta". E foi certamente destituído pelo Judiciário e o Legislativo. Zelaya queria poderes ilimitados. O problema é que a OEAS achou que isto era o mesmo que um golpe e não era, pois o novo governo já programou novas eleições para breve.

Golpe é o que aconteceu na Venezuela. O Presidente exerce cargo "vitalício" e ameaça quem for contra ele, ameaçando tirar o emprego. Um mandato de 7 anos seria suficiente para que um presidente buscasse um rumo de governo que julgasse correto. Mas lá, Hugo Chavez manda mais que as leis. Manda mais que o Papa. Vive ameaçando os EUA, que lhe compram o petróleo e financiam sua atitude tresloucada. Toma propriedades ao seu bel prazer... Mas não há nenhuma resolução contra seu governo amparada pela ONU ou OEA.

Então que órgão é esse, que mede atos com um sistema e pune ou aplaude com outra?

Dessa maneira, não precisamos mais de nenhum destes órgãos. Pior é apoiar a volta de Zelaya, pois este terá certeza de que seus atos são mesmo os melhores e mais corretos de serem aplaudidos. Logo, ele instaura nova "revolução bolivariana" na AL e, dai para frente, não teremos mais nenhum tipo de liberdade civil.

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