Paradoxalmente, as avaliações políticas dos cardeais próximos a Lula/Dilma e a Serra são as mesmas quanto a Ciro Gomes: não aconselham estimular a candidatura dele e manobram para que não ocorra. A coluna Radar, da Veja, garante que Lula já está convocando o PT de SP para que recue e aprove a candidatura de Ciro Gomes a governador. Do outro lado, já que não há o que fazer, ficam observando e torcendo para que Lula tenha sucesso.
Quais as razões de um e de outro lado? Do lado de Lula, as avaliações têm dois eixos. O principal é o Nordeste. Ciro vai dividir o estratégico Nordeste com Dilma. E sempre há a preocupação que se a candidatura de Ciro a presidente se tornar viável para o segundo turno, esse se diferencie de Dilma, atacando. O entorno de Lula quer um segundo turno no primeiro, ou seja, uma eleição PLEBISCITÁRIA: a favor ou contra Lula. Mais ainda agora, quando se diz que Heloisa Helena será candidata ao senado.
No caso do entorno de Serra, a preocupação é com a agressividade de Ciro. Especialmente porque as eletricidades recíprocas, nas declarações à distância, produzem sempre curto-circuito. O temor é que essa agressividade desvie a campanha do ambiente melhor para Serra: uma campanha propositiva e de comparação de currículos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário