sábado, 6 de junho de 2009

Incompetência tira do Estado R$ 5 bi

Belém sofre muito nas mãos de certos governantes. Uns desviam dinheiro e não deixam pedra sobre pedra no caixa. Outros espantam investimentos, causando a ruina do povo pobre, que perde oportunidades de trabalho. Outros ainda deixam de investir o certo, o constitucional, contribuindo para não melhorar as condições adversas da nossa cena.

Embora saibamos que destes tipos de políticos tenhamos exemplos mil, o que move a caçar hoje é a incompetência administrativa da governadora. Manchete do jornal O LIBERAL de hoje fala que perdemos R$ 5 bi em investimentos, metade deles em investimentos privados (aquele com mais qualidade). E o estado do Pará não pode jogar fora esse tipo de investimento, pois já perdemos muito sem contar a copa.

É inconcebível que as pessoas estejam tranquilas em seus habitat's enquanto o nosso dinheiro se esvai pelo ralo da incompetência. Muitos até se refugiam na desculpa de que "o dinheiro não é meu". Ignorantes funcionais que aceitam qualquer coisa, desde que não seja preciso sair do conforto do seu lar. O que fazer com esse tipo de gente? Lamentar, na pior das hipóteses. Implorar, na melhor.

Pense melhor: Se o seu dinheiro vai para capinar uma rua, o que você espera? Que as pessoas que estão fazendo o serviço façam direito. Que façam por merecer. Quando o assunto é dinheiro público (que, diga-se de passagem, vem dos impostos que NÓS pagamos), a intenção e o reforço no controle desse gasto. Se o administrador do nosso dinheiro não gasta bem, então ele deve, de alguma maneira, ser destituído do seu cargo. Aliás, para onde vai o dinheiro que pagamos todos os dias? Sabe quanto já pagamos até a hora em que eu escrevo este post? Pouco mais de 350 bi, se falarmos na União, pouco menos de R$ 2,5 bi, se formos falar em Governo do Pará e pouco mais de 600 milhões se falarmos em Prefeitura de Belém. No total, o brasileiro paga pouco mais de 400 bilhões de reais nos seis primeiros meses do ano. São mais de R$ 2700 por habitante. E esse número poderia ser ainda maior, não fosse a crise econômica...

As pessoas em sua maioria não se importam com o que se fazem de seus pertences. Na maioria das vezes, só votam por estrita obrigação do voto. Sequer lembram em quem votaram nas últimas eleições. Acham que o dever cívico do voto serve unicamente para eleger corruptos ou, na melhor das hipóteses, para eleger mais uma pessoa para ganhar dinheiro em Brasília, ou nas Assembleias, Câmaras e outros órgãos do governo. Trata-se de negligência. E assim vão abrindo espaço para que se lhes tomem suas liberdades, seus direitos, enfim, até a vida, se isso for preciso para o projeto de poder de cada um. Ressalte-se que Hugo Chavez está neste caminho, na Venezuela.

É interessante pensar que o povo não pensa em seu próprio destino, que poderia pagar com a própria vida, dependendo do governo que se assentasse no palácio dos despachos. Pior: mudando a Constituição, poderia muito bem perder tudo. Mas os cegos vivem da caridade de quem o detesta, como diria Cazuza. Caridade de um governo que deixa sobreviver. Eu digo sobreviver como uma palavra diferente que viver, pois uma não implica necessariamente a outra.

Com o quê premiar este povo? O mesmo povo que sofre com o descaso da água transbordando à porte de suas próprias casas, por sua própria atitude de jogar o lixo no canal (sem tirar a culpa do governo, que é de fazer manutenção preventiva nos canais). O mesmo povo que sofre com a falta d'Água na torneira de sua casa por quase um dia inteiro. O mesmo povo que sofre com a agonia da falta de segurança na rua, correndo o risco de ser atingido por alguma "bala perdida". Enfim, o povo que sofre mas nunca reage. Apanha e fica calado, como se nada houvesse a fazer. Assim, poderia qualquer um assumir a cadeira e pronto.

Mas não, o povo não merece o governo que tem. Embora não faça nada contra, o povo paraense merece muito mais do que lhe é servido na mesa do café. Quem enxerga de longe, vê que não há motivos para continuar à mingua. Um estado que se preparava para um salto qualitativo ainda maior, de repente para no tempo... Na época do sufrágio fora descoberta a fraude eleitoral de compra de votos. Mas havia um motivo maior para se preocupar: A Democracia sofreria muito se o governo anterior continuasse. Mas o erro maior foi crer que a mudança de Ana Júlia seria melhor para a Democracia... Edmilson nunca acreditou nisso quando ela era vice dele. Mas o povo do Pará foi levado a acreditar. Foram ludibriados?

Essa é uma conversa que não terá fim. Seria simples questionar: Bastaria ver os lucros que ela prometeu e os prejuízos que perdemos escolhendo ela. Mas será que chegaríamos a uma decisão simples como se propõe a discussão?

Isso vai de cada um. Cada um tem o governo que merece, ainda que este governo seja o seu próprio cérebro.

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