terça-feira, 23 de junho de 2009

Lula: divisor de águas.

O Brasil moderno pode ser dividido em antes e depois de Lula. Antes, qualquer deslize de um político poderia levar à sua cassação. Depois, todo e qualquer escândalo de corrupção de qualquer magnitude poderia ser punível com... PUNÍVEL? E o mensalão?

Hoje eu folheei a Veja desta semana. Não que eu não acompanhe outras publicações, mas acho a revista visualmente moderna e independente. Seu chamariz, a capa, mostra sempre o que eu espero ver em uma publicação. As montagens gráficas sempre me levam a vê-la mais séria. E me entristeci com o que vi: Uma ameaça à Liberdade.

Não dava para acreditar que o princípio máximo da liberdade estava sendo atacado diretamente pelos políticos brasileiros. Pior é saber que ninguém faz nada. Ninguém faz uma manifestação de apoio à carta magna. Lula é um sujeito que, assim como afirma a revista, não dá a mínima para a sua própria biografia.

Desde criança, todos do meu tempo cresceram acreditando no código de leis que afirma que todos somos iguais perante a lei. Mas a inauguração de uma frase maldita de Lula me fez ver que eu achava que o "folclore político" é muito mais que folclore. Quando Lula fala que não entende quem se interessa com a destruição do poder legislativo, a resposta é uma volta no tempo. O Socialismo de Lula não admite quem fale o contrário.

"O senador tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum". Essa a frase da discórdia, porque todos somos iguais. Algumas características nos diferenciam uns dos outros, mas isso definitivamente não é o poder constituido. Sarney, por ser um Senador da República, não tem nada que o torne mais especial do que eu ou você, leitor, que esteja lendo este blog. Ele não é imortal.

Religiosamente falando, a máxima da igualdade se encontra na Bíblia também: Todos seremos iguais perante Deus. Na lei brasileira, art. 5º "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade". O grifo é meu. E a diferença é que o segundo se sobressai pelo primeiro por causa da finitude do corpo humano. E por isso o acréscimo.

As pessoas estão acostumadas hoje com a balbúrdia, a sujeira, a desgraça. Não que seja culpa dos jornais. Mas é da classe política, que ludibria o povo com promessas vãs e vagas. que mente quando defende esta ou aquela causa, contribuindo para que o eleitor se confunda ainda mais. Não há mais diferenças no mercado.

Mas o pior é esperar que tudo se resolva de forma natural. As coisas vão só piorar. E isso só vai começar a ficar diferente quando cada um notar e se fazer notar na conta que se faz de cada eleição. Porque enquanto durar essa trouxa comum que vigora nas mulhares de casas legislativas deste país, teremos mais sujeira, mais podridão.

E isso, como diria o outro, ninguém merece!

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