quarta-feira, 8 de abril de 2009

Crianças Alimentadas com Colher

Reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas. Provérbios 3:6, NVI.

Na minha fase de jovem adulta, tomar decisões sozinha era difícil. Uma das primeiras decisões complicadas veio quando eu tinha uns 23 anos. Eu estava quase terminando a pós-graduação e, no verão anterior, havia conhecido John, um obreiro bíblico. Lembro-me bem do dia em que nos conhecemos. Naquela noite, orei: “Senhor, gostei desse rapaz; mas, por favor, não permitas que ele saiba.”


E ele nunca soube – até chegar o fim do verão. Assim, depois de se aconselhar com seus mentores, ele perguntou se podia me “cortejar”. Como eu voltaria dentro de duas semanas para concluir meu estudos, a decisão ficou mais difícil, porém depois de uma breve hesitação eu disse: “Sim”.


Na equipe daquele verão também havia um jovem pastor, Kim Johnson. Ele convidou John para ser obreiro bíblico na sua igreja, e me convidou para ser educadora na área da saúde. (Ele não sabia que John e eu estávamos namorando.) De volta ao colégio, enfrentei uma tremenda decisão: Aceito essa oferta de trabalho? E se as coisas não derem certo entre nós dois? Como eu trabalharia se John continuasse ali? As perguntas me perturbavam dia e noite. Todas as manhãs, enquanto fazia meu exercício de caminhada pela vizinhança, parava freqüentemente na casa de minha amiga Fran e lamentava meu dilema e as decisões difíceis diante de mim.


Depois de muitos desses encontros, Fran (sem dúvida cansada dos meus lamentos) deu-me uns conselhos de que me lembro até hoje: “O Senhor deseja que cresçamos e deixemos de ser crianças alimentadas com colherinha, esperando que Deus diga tudo o que devemos fazer. Deseja que nos tornemos adultos maduros, dispostos a considerar Suas providências e a tomar a melhor decisão que pudermos, e então dispor-nos a assumir as conseqüências, caso não tenha sido a melhor decisão.”


John e eu nos casamos há 27 anos. Foi a decisão certa para ambos. Agora não mais fico esperando aquela carta manuscrita de Deus, aquele telefonema – ou mesmo um e-mail – para me oferecer a decisão certa numa colherinha. Em vez disso, analiso a orientação de Deus, Suas providências; procuro conselho de amigos dignos de confiança, para juntos tomarmos a melhor decisão possível. E nos dispomos a assumir as conseqüências!


Escrito por Becki Knobloch

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