Nestes últimos dias tenho observado a cena paraense com imparcialidade, de modo que consigo enxergar onde a maioria não vê nada. Porém, me entristece saber que, ao contrário do que se possa imaginar, as pessoas não se sentem mal por verem muita coisa errada, todos os dias. Compadecem-se dele e aceitam-no como corriqueiro, comum. Não quetionam a verdade dos fatos e por isso fica mesmo. Mesmo que elas mesmas estejam no lado que sofre mais. Mesmo que elas estejam do lado que vai sair perdendo.
Hoje, mais uma vez, um desses questionamentos pairou sobre uma das manchetes dos jornais paraenses, onde um bandido disparou contra uma criança. Ele se acusou inocente, mas as testemunhas o acharam culpado pelo crime. O acusado do crime, conhecido por Macaquinho, não reage à acusação que lhe fazem as vítimas. A mãe da bebê, inclusive, pede perdão à mãe do criminoso, e confirma que esperará o tempo necessário para que o acusado seja preso. "Nem que isso demore um ano, eu vou esperar".
A matéria ressalta, no final, de que o meliante foi liberado no final da tarde. O que esperar dele? Que cometa o mesmo delito depois, visto que já o fizera antes e agora vai tornar a cometer o mesmo ato. Eu tenho uma tese que diz que, a menos que você tenha certeza de que errou e tenha vontade de se corrigir, haverá que tornar a cometer o mesmo erro novamente, e novamente, e novamente... Indefinidas vezes. Mas há quem pense que isso é tirar a chance de recuperação do preso, uma ação que tira a chance de ele mostrar que se recuperou. Alguns se recuperam. Outros tantos, nem com reza brava.
Tomara que, pelo menos, caso seja realmente o causador da tragédia familiar, que ele pague pelos seus atos. Porque todos nós somos responsáveis por aquilo que cativamos, ou seja, aquilo que buscamos para nós mesmos.
Infelizmente, não posso responder por ele. Se assim fosse, diria que ele jamais tornaria a cometer o mesmo erro. Porém, que exemplo esse rapaz tem mpara se tornar uma pessoa melhor???
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